quarta-feira, 20 de novembro de 2019

A Bancada Evangélica e as Novas Cruzadas Religiosas: estratégias para a manutenção das tendências conservadoras do poder político no Brasil.

Resultado de imagem para religiosos evangélicos na política"

Resumo: O presente artigo analisa atual conjuntura sócio-política brasileira, denunciando as estratégias para a manutenção das tendências conservadoras no cenário político através da estrutura das igrejas evangélicas que, confrontando-se com as alas progressivas da igreja católica, disputam, além de fiéis, influência junto aos poderes instituídos, sobretudo o legislativo.

        O breve século XX foi marcado pelos embates ideológicos do socialismo versus capitalismo que fez multiplicar as ditaduras conservadoras de direita por toda América Latina (HOBSAWN, 1995). No caso do Brasil, esse período (1964-1985) só veio reforçar a histórica tradição plutocrática das elites nacionais na manutenção do poder. Com o início do processo de Abertura (1979-1985) que antecipou o fim da Ditadura Militar, surgia uma possibilidade de alteração dessa lógica a partir da sociedade civil organizada, mas o que se viu foi justamente o contrário.

                 O fim do esquema bipartidarista dos militares - Lei nº 6.767 de 20.12.1979 - fez surgir, no lugar da ARENA e do MPB, meia dúzia de "novos" partidos que, nas décadas seguintes - a partir da Emenda Constitucional nº25 ( de 15.05.1985) - seriam desdobrados em dezenas de outros( SCHIMITT, 2000), na sua maioria, alinhados com a ideologia de direita. A intenção dos militares era fracionar a oposição tendo em vista a manutenção do poder e prolongar a pantomima de democracia consentida. O fato dos conservadores também se diluir em diversas legendas em nada comprometeu o resultado dessa estratégia visto que a capacidade de coalizão deste superava ( e ainda supera) as articulações de seus opositores reféns dos entraves ideológicos.

                 Assim, gigantes como PDS e PMDB dominaram o cenário político durante os anos 80, sendo ameaçados apenas por suas alas, os próprios dissidentes que deram origem a partidos congêneres, PFL e PSDB, que reinariam absolutos na década de 1990 amparados por uma imbatível coalizão de direita. Em suma: saiu-se de um polo ( bipartidarismo ) a outro ( multipartidarismo, com mais de 70 partidos ) sem alterar substancialmente a tendência conservadora na política nacional.

                A ascensão do Partido dos Trabalhadores ao poder, com a eleição de Luís Inácio Lula da Silva, nas últimas eleições, antes de uma negação, é um reforço dessa tendência. A Carta do Povo Brasileiro, selou o pacto de "centro-esquerda" e anunciou, de forma inequívoca, o abandono do seu histórico perfil revolucionário do PT. Hoje, quem diria? Os chamados radicais passaram a ser personas non grata dentro do partido.

                A persistência dessa tendência conservadora da política brasileira pode ser analisada e explicada sob diversos prismas. Chama à atenção, em particular, o viés político-religioso que muitas vezes é ignorado pelos estudiosos da ciência política.

                 E o que de fato a religião tem a ver com política?

                 Tudo. É sabido que o Estado moderno, desde sua origem, está preso às querelas religiosas que influenciaram diretamente no ordenamento e na manutenção do poder. No Brasil,, desde o período colonial, também não foi diferente. Alheio às lutas religiosas que grassavam a Europa, aqui o catolicismo foi hegemônico, o que explica o atual título de maior nação católica do mundo. Mas diante da atual conjuntura não se sabe até quando.

                Como uma espécie de refluxo da história, nas últimas décadas, evidenciou-se uma ostensiva disputa entre católicos e protestantes (evangélicos) que além da conversão de novos adeptos, buscam ganhar espaço no centro de tomada de decisão do poder político: o Congresso Nacional.

                A proximidade da ambiência religiosa da política se fez sentir, sobretudo após a promulgação da Constituição de 1988, quando o Catolicismo deixou de ser a religião oficial do Brasil. Desde então, como que reabilitando os movimentos de Reforma e Contra-Reforma, as disputas entre católicos e evangélicos ganharam maior visibilidade: as Bancas Evangélicas que buscam em todas esferas da união ( municipal, estadual e federal) seu quinhão de poder na esteira conservadora dos partidos de direita, sobretudo no PL e PFL. Em contraposição, os católicos controversamente progressistas, através da forte estrutura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e dos partidos ditos de esquerda, sobretudo o PT, buscam aproximar-se senão conduzir os movimentos sociais.

               Longe de uma ameaça de formação de um Estado teocrático fundamentalista, ou da eminência de uma outra Noite de São Bartolomeu, essa situação denuncia uma nova faceta da velha luta por fatias do poder. Os católicos (clérigos e fieis), dividido entre progressistas e conservadores, vivem o dilema de irmanar-se aos movimentos sociais ou acomodar-se junto às velhas forças conservadoras do poder. Tudo leva a crer que a ala carismática e as diversas pastorais já fizeram sua opção. Certamente a escalada liberal dos evangélicos pesou nesta decisão.

               Na verdade, essa opção é antiga. Não é a toa que várias personalidades socialistas, a exemplo de Vicentino, João Pedro Stedile, Luiza Erundina, Marina Silva, fruto das Comunidades Eclesiais de bases (CEBs) – “estufas de formação de lideranças populares” ( FREI BETO. A Igreja dos Pobres. In. Caros Amigos. P..39.nº39.Junho2000 ) – se afinam com os renovadores do catolicismo.

               Fugindo do maniqueísmo cumpre lembrar que, remando contra essa maré, existe a ministra petista Benedita da Silva que é evangélica e ainda o demagogo Antony Garotinho indefinido do ponto de vista político e religiosos.

               No caso dos católicos, voltar-se para as camadas carentes constitui-se num imperativo histórico, pois o desenvolvimento da sociedade capitalista se deve mais a lógica de uma ética protestante do que propriamente ao dogmatismo que condenava usura ( leia-se lucro).

               A “onda evangélica” que ora varre o país, não é tão recente como parece. Já nos anos 60 legiões missionárias evangelizadora esquadrinhavam pontos extremos do país associando a marginalização social aos desígnios celestiais bem como pregando o caminho da salvação, que por certo só se daria pós-morte e através da conversão. Foi assim, por exemplo, que as comunidades indígenas do Centro-Oeste e do Norte do país receberam a segunda onda evangelizadora – a primeira foi católica – num criminoso processo de aculturação através de um linchamento étnico.

                 Ao instituir a ala de “Renovação Carismática” ( Contra-Reforma ), mais que frear a evasão de fiéis, os católicos buscam explorar o filão – social e comercial – que em tempo de crises econômicas costuma dilatar-se. Sabe-se que a fé, em quanto bem comercializável, sempre gerou bons dividendos aos que pregam a palavra do Senhor. A grande novidade é a feroz capitalização política deste potencial que cresce proporcionalmente à agudeza das crises e à miserabilidade da população.

                Dessa forma fecha-se um cruel ciclo vicioso: as religiões crescem devido às crises econômicas que são reflexos de decisões políticas ( liberais) que normalmente são determinadas ( até 2002) por partidos de tendências conservadoras ( de direita) , que se fortalecem com auxílio de bancadas religiosas, não menos conservadoras, cuja razão de existência se assenta na alienação política dos “rebanhos” de miseráveis.

               Organizações, a exemplo da Assembleia de Deus, Congregação Cristã, Igreja Universal do Reino de Deus – com sua rede de televisão, rádio, gravadoras, editoras, rede de cinemas convertidos em templos – já não podem ser ignoradas no atual jogo político, seja pelo peso de sua influência junto às massas ( poder político ) seja pela fortuna que detém e movimenta ( poder econômico ).

               De forma análoga aos pequenos partidos que abrigam antigas oligarquias, ou facções corporativistas do empresariado, e que em época de eleições se congraçam em poderosas coalizões conservadoras, a maioria das igrejas evangélicas são comitês políticos 24 horas em ação, lobos em pele de cordeiros que em época de eleição articulam-se em prol de seus projetos para alçar o poder. É dessa forma que se explica o recorde eleitoral de Lula na última eleição, quando as bancadas evangélicas promoveram-lhe de “demônio barbudo” a “anjo redentor”.

               A espetacularização da fé consolidada, sobretudo nos bolsões de miséria, onde os sacerdotes além de talking-show dos animados cultos/shows acumulam várias outras funções: conselheiro, médico ( terapeutas de dependentes químicos e alcoólatras ), psicólogo e, não raro, líder político também. Afinal, 50 milhões de miseráveis se constituem num colégio eleitoral considerável.

Se se abandonam ao carisma do profeta algumas pessoas, do chefe do tempo de guerra, do grande demagogo que opera no seio da eclesia ou do parlamento [ Congresso ], significa que estes possam estar interiormente “chamados” para o papel de condutores de homens e que a ele se dá obediência não por costume ou por força de uma lei, mas porque neles se deposita fé. Caso esses homens não sejam meros aproveitadores do momento, viverão para seu trabalho e procurarão realizar sua obra, orienta-se a devoção de seus discípulos, dos seguidores, dos militantes exclusivamente para a pessoa e para as qualidades do líder. (WEBER, 2003)
                Nas escolas, nas ruas, campos, construções, os pastores vão se assenhorando dos novos currais eleitorais urbanos. Num trabalho de formiguinhas vão dando capilaridade ao seu projeto de poder nos espaços que políticos tradicionais dificilmente conseguiriam penetrar. Explica-se assim a feroz investida dos evangélicos contra os adeptos dos cultos afro-brasileiros, visto que durante séculos esses credos foram o cimento de muitas comunidades marginalizadas. E é justamente nesse espaço que os evangélicos buscam extrair o último subproduto dos excluídos: o voto.

                Enquanto grupo politicamente articulado, os cultos afro-brasileiros – aqui genericamente tratado de candomblé – não oferecem qualquer tipo de ameaças às pretensões evangélicas, ainda que frequentemente muitos babás e yalorixás se identifiquem como católicos – ora alavancada pelos evangélicos, ultrapassou os limites do politicamente correto, do legalmente tolerável, e reacende questões antigas que ainda esperam soluções.

                Reza a Constituição que: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” ( Constituição Federal do Brasil de 1988. Título II; dos direitos e garantias fundamentais. Capítulo I: dos direitos e deveres individuais e coletivos. Artigo nº5, alínea VI .), mas o que nos cultos evangélicos é um completo desrespeito a esse princípio a anuência complacente das autoridades constituídas, o que, aliás, só comprova o prestígio político dessas igrejas.

                Na Bahia ( negra Bahia ), como se não bastassem os ataques diuturnos via rádio e TV, os evangélicos se apropriam dos ritos e liturgias do candomblé, desqualificando-o enquanto religião e, paradoxalmente, legitimando o que pejorativamente classificam de “curandeirismo”. Isso com claro intuito de confundir paulatinamente os crentes de ambas as doutrinas. As estratégias consistem em determinar os limites entre as duas crenças para facilitar a conversão e difusão e seu dogmatismo fundamentalista.

A religião fundamentalista como dínamo poderoso de mobilização das massas às últimas décadas do século XX, que testemunha até um bizarro retorno à moda, entre alguns intelectuais, do que seus pais cultos teriam descrito como superstição e barbarismo. (HOBSBAWN,1995)
               Assim, antes de combater um inimigo do cristianismo, o subjugo dos cultos afro-brasileiros bem como dos ameríndios, representa um ardil de um projeto maior, que tende aproximar a estrutura sócio-política brasileira do calvinismo estadunidense que, recentemente, elegeu um “predestinado” – George W. Bush – para conduzir o destino daquela nação, e quem sabe do mundo.

               Esses componentes na complexa conjuntura social brasileira abrem precedentes perigosos tanto para vivência democrática, como para a soberania nacional, visto que as bancadas evangélicas estabelecidas no Congresso nunca se notabilizaram por um discurso nacionalista. E, sendo o “político” e o “missionário” a mesma pessoa, a nação fica ameaçada, pois reduzir os “cidadãos” a “crentes” e fazer do sufrágio um ato de fé, destituindo de qualquer vínculo com a realidade sócio-política e econômica. E o que se espera daqueles que negociam em nome de Deus? O paraíso? Só se for o paraíso fiscal.

               Em tempos de urna eletrônica, o voto de bengala tende substituir o de cabresto; eis o novo lubrificante da máquina eleitoral descoberto pelos evangélicos e que se nada for feito, a fase conservadora da política brasileira permanecerá imutável ad infinitum.


Gilvan Barbosa da Silva 
( Professor Licenciado em História(UNEB) e pós em História Política(UNEB); peswquisador da Língua e Cultura Yorubana; membro do Núcleo do Estudo da Oralidade (NEO-UNEB). )

******************************************************

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

O Que É Budismo ?



Resultado de imagem para budismo

         Quem foi Buda ?

         Buda foi um líder espiritual da antiga Índia, fundador do budismo. Ao nascer, recebeu o nome de Sidharta Gautama. Alguns acontecimentos de sua vida, bem como seus ensinamentos, foram transmitidos oralmente de geração em geração, até serem registrados por escrito 400 anos após sua morte.
       Não há muita informação sobre a avida de Buda, e o pouco que havia, com o passar dos séculos, misturou-se a lendas e mitos sobre sua existência. Contudo, diz-se que ele nasceu príncipe da tribo Sakya, no Nepal, por volta de 566 a. C. Quando criança, Sidharta inquietava-se com assuntos presentes ainda hoje em nossas sociedades: “Por que as coisas mudam ?“ , “Por que precisamos crescer?” e “Por que as pessoas ficam tristes” eram algumas das suas preocupações. Perto de 30 anos, teria descoberto que a fortuna e o luxo proporcionados por sua condição de membro da realeza não traziam a verdadeira felicidade e, assim, deixou o lar e a família para viver humildemente em busca do sentido da vida e da chave da felicidade, experimentando os ensinamentos e as filosofias daquele tempo.
         Durante seis anos, vagou por diferentes lugares e viveu intensamente. Estudou com grandes mestres e aprendeu a arte da meditação, mas ainda assim sentia-se infeliz. Um dia, decidiu sentar-se debaixo de uma imensa árvore – chamada bodhi – para meditar e ficou ali até encontrar as respostas que procurava. Após dias e dias de profunda meditação, teve uma surpreendente revelação e compreendeu plenamente a verdade sobre o sofrimento humano, suas causas e como evita-lo. Sidharta tornou-se conhecido como o “iluminado”. Em realidade, o nome Buda é um título que vem da palavra budh, em sânscrito, que significa “compreender” ou “ser despertado”. Buda pode ser traduzido, portanto, como “alguém que despertou para a verdade”.
           Ele viajou pela Índia o resto de sua vida, ensinando o caminho da iluminação numa jornada que, mais tarde, ficou conhecida como Darma ( o caminho ). Gradualmente, reuniu em torno de si um grupo de seguidores, conhecidos como Sangha ( a Comunidade ). Um aspecto importante da prática budista é que Buda estimulava os integrantes da Sangha a pensar por si mesmos. Orientava seus seguidores a praticar os ensinamentos não porque ele os professava, mas para testá-los neles mesmos.
         Buda orientou pessoas de todos os estratos sociais e, embora tenha morrido com 80 anos – em 486 a.C., aproximadamente -, seus preceitos sobreviveram ao tempo. Suas últimas palavras teriam sido: “Impermanentes são todas as criaturas. Siga o caminho com diligência e sabedoria”.Buda, Darma e Sangha - as três Jóias ou osd Três Refúgios - representam ainda hoje o cerne do budismo.

          ***********************************
                Que todas as criaturas fiquem bem.
                 Que todas as criaturas sejam felizes.
        Que todas as criaturas se libertem do sofrimento.


                        As Seis Perfeições
         Quando o coração de um budista está totalmente inspirado por metta, ele é chamado de bodisatva- aquele que protela a própria iluminação para ajudar os outros a atingir o mesmo estado. O bodisatva segue o caminho das Seis Perfeições, um conjunto de qualidades positivas das quais todos podem se beneficiar se as praticarem:

1.  Dana: desejo de ser igualmente generoso com todas as criaturas sem esperar nada em troca.
2.  Sila: desenvolvimento de um comportamento ético.
3. Ksanti: dom da paciência e habilidade de manter-se calmo em situações difíceis.
4. Virya: esforço veemente para promover a força e a diligência necessárias para progredir no caminho de bodisatva.
5. Dhyana: concentração ou meditação para desenvolver a capacidade mental de manter o foco e tornar as ações mais efetivas.
6. Prajna: exercício da sabedoria entendida não apenas como conhecimento intelectual, mas também como percepção da essência da realidade.

                         O porque do budismo hoje

          A vida moderna pode ser altamente estressante - em razão do trabalho, de relacionamentos, de dinheiro ou da soma de diversos problemas. Felizmente, antigos ensinamentos budistas podem ajudar no alívio dessa tensão, ao estimular sentimentos de paz, amor e compaixão em rotinas excessivamente agitadas e guiadas por metas e objetivos materiais.
         Não apenas os adultos que sofrem de estresse e ansiedade. Atualmente, crianças também precisam lidar com uma série de questões desde muito cedo, como competição, expectativas escolares, ameaças e famílias desestruturadas. As palavras de Buda podem incentivá-las a enfrentar positivamente os problemas e ajudá-las a encontrar tranquilidade dentro de si quando precisarem, como refúgio interior.
        Os princípios budistas também ajudam adultos e crianças a evitar a armadilha moderna de sempre "querer mais", como se as coisas em si - brinquedos, roupas, etc. - pudessem garantir a felicidade. Em contrapartida a esse materialismo, os preceitos budistas ensinam que as crianças e adultos só serão indivíduos realmente felizes e plenos quando reconhecerem dentro de si a beleza da própria existência.
       Outro preceito budista particularmente relevante nos dias atuais é a consciência de que cada momento é único e precioso e deve ser aproveitado ao máximo - já que pode desaparecer num piscar de olhos e nunca mais se repetir. Esse ensinamento estimula a criança a viver intensamente e aceitar a impermanência de todas as coisas, o que torna mais tranquila a compreensão das mudanças em sua vida - a troca de escola, a perda de um ente querido, a mudança de casa ou as diferentes fases do crescimento.

         "O vento se acalmou, as flores secaram;
         Os pássaros cantam, as montanhas escurecem.
          Este é o maravilhoso poder do budismo."
                    Ryokan ( 1758-1831 )
                               Oração Budista
          ***********************************

      O que é budismo ?

      Existem , atualmente, cerca de 350 milhões de budistas no mundo, entre eles um grande número de ocidentais. O budismo começou a ganhar popularidade na ìndia no século IV a.C. , e depois se espalhou por países de Extremo Oriente: ao norte, no Nepal, Butão, Tibete, China, Mongólia e Japão, e ao sul, em Mianmar, Tailândia, Vietnã, Laos e Indonésia.
     Diferentes formas de budismo se desenvolveram ao longo dos séculos nesses países, de acordo com a cultura e os costumes locais. Contudo, os ensinamentos básicos são os mesmos, onde quer que seja praticado. Dentre os preceitos mais importantes, estão a crença na não-violência, a compreensão e a tolerância às diferenças, e a compaixão.
    Buda ensinou que é preciso entender a essência da vi9da antes de a pessoa aperfeiçoar a si mesma para uma existência mais feliz. Assim formulou as Quatro Verdades Nobres, ensinamentos que auxiliam o desenvolvimento pessoal e estimulam a busca da iluminação, estado espiritual possível de ser alcançado por qualquer ser humano. São elas:

1. O sofrimento é parte da vida de todos.
2. A causa desse sofrimento é a nossa própria mente, que, eternamente insatisfeita, sempre deseja "mais" e "melhor".
3. O sofrimento pode ser superado pela compreensão do processo que provoca a insatisfação.
4. Um conjunto de práticas chamado Nobre Caminho Óctuplo, ou Oito Caminhos, pode cessar a constante ganância da mente.

Os preceitos do Nobre Caminho Óctuplo são:

1. Desenvolver um conhecimento profundo das Quaro Verdades Nobres e, a partir delas, inspirar-se para seguir os outros ensinamentos do Caminho.
2. Comprometer-se com o aperfeiçoamento pessoal.
3. Falar gentil e sinceramente.
4. Desenvolver a "ação correta", ou seja, ser tolerante e ter compaixão pelos outros.
5. Ganhar a vida sem causar danos a outros seres vivos.
6. Banir pensamentos negativos para vencer a ignorância e os desejos.
7. Estimular pensamentos saudáveis, pois agimos e falamos de acordo com nossos pensamentos.
8. Desenvolver e aprofundar o poder de concentração.


Outro conjunto de princípios, conhecidos como os Cinco Preceitos, incentiva a responsabilidade por nossos atos:

1. Comprometo-me a não matar.
2. Comprometo-me a não roubar.
3. Comprometo-me a não maltratar os outros seres.
4. Comprometo-me a não mentir.
5. Comprometo-me a não cometer excessos.

       Um tema central no budismo é que qualquer ação, palavra ou mesmo pensamento tem uma consequência não só para os outros, mas também para nós mesmos.
       Este é o carma: colhemos o que plantamos. Isso significa que é preciso falar e agir com sabedoria, pois qualquer hostilidade pode se voltar contra nós. Como os budistas creem na reencarnação, ou seja, em que cada criatura tem muitas vidas, o carma pode se manifestar, senão nesta, em vidas futuras. Os budistas têm consciência de que a gentileza e a sabedoria podem torná-los iluminados e fazê-los alcançar o nirvana, estado espiritual de perfeita paz e felicidade.
      Outros preceito fundamental do budismo diz que a prática do amor e da compaixão para si mesmo e para com os outros traz grande felicidade. Buda chamava isso de metta, o amor incondicional e universal.
      Como os budistas colocam tudo isso em prática ? Geralmente a rotina diária deles inclui algum tipo de meditação, com o objetivo de trazer paz e harmonia não só para suas vidas, mas também para os outros seres. Monges e monjas, que raspam o cabelo e possuem vestimentas características, podem passar a maior parte de seus dias meditando, em templos ou em lugares sagrados, onde normalmente há uma ou mais estátuas de Buda. Os budistas reverenciam essas figuras e fazem oferendas a elas, não por um ato de adoração, mas porque a imagem é referência para o próprio potencial desses monges de atingir aquele estado de espírito. Mas também há aqueles, no Oriente e no Ocidente, que veem o budismo simplesmente como uma forma de se colocar perante a vida. E é justamente essa atitude pacífica, compassível, amável, sábia e generosa que este livro incentiva você o desenvolvimento.


"O vento se acalmou, as flores secaram;
Os pássaros cantam, as montanhas escurecem.
Este é o maravilhoso poder do budismo."
               Ryokan ( 1758-1831 )

***************************************************** 

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O Que É Budismo ?



Resultado de imagem para budismo

         Quem foi Buda ?

         Buda foi um líder espiritual da antiga Índia, fundador do budismo. Ao nascer, recebeu o nome de Sidharta Gautama. Alguns acontecimentos de sua vida, bem como seus ensinamentos, foram transmitidos oralmente de geração em geração, até serem registrados por escrito 400 anos após sua morte.
       Não há muita informação sobre a avida de Buda, e o pouco que havia, com o passar dos séculos, misturou-se a lendas e mitos sobre sua existência. Contudo, diz-se que ele nasceu príncipe da tribo Sakya, no Nepal, por volta de 566 a. C. Quando criança, Sidharta inquietava-se com assuntos presentes ainda hoje em nossas sociedades: “Por que as coisas mudam ?“ , “Por que precisamos crescer?” e “Por que as pessoas ficam tristes” eram algumas das suas preocupações. Perto de 30 anos, teria descoberto que a fortuna e o luxo proporcionados por sua condição de membro da realeza não traziam a verdadeira felicidade e, assim, deixou o lar e a família para viver humildemente em busca do sentido da vida e da chave da felicidade, experimentando os ensinamentos e as filosofias daquele tempo.
         Durante seis anos, vagou por diferentes lugares e viveu intensamente. Estudou com grandes mestres e aprendeu a arte da meditação, mas ainda assim sentia-se infeliz. Um dia, decidiu sentar-se debaixo de uma imensa árvore – chamada bodhi – para meditar e ficou ali até encontrar as respostas que procurava. Após dias e dias de profunda meditação, teve uma surpreendente revelação e compreendeu plenamente a verdade sobre o sofrimento humano, suas causas e como evita-lo. Sidharta tornou-se conhecido como o “iluminado”. Em realidade, o nome Buda é um título que vem da palavra budh, em sânscrito, que significa “compreender” ou “ser despertado”. Buda pode ser traduzido, portanto, como “alguém que despertou para a verdade”.
           Ele viajou pela Índia o resto de sua vida, ensinando o caminho da iluminação numa jornada que, mais tarde, ficou conhecida como Darma ( o caminho ). Gradualmente, reuniu em torno de si um grupo de seguidores, conhecidos como Sangha ( a Comunidade ). Um aspecto importante da prática budista é que Buda estimulava os integrantes da Sangha a pensar por si mesmos. Orientava seus seguidores a praticar os ensinamentos não porque ele os professava, mas para testá-los neles mesmos.
         Buda orientou pessoas de todos os estratos sociais e, embora tenha morrido com 80 anos – em 486 a.C., aproximadamente -, seus preceitos sobreviveram ao tempo. Suas últimas palavras teriam sido: “Impermanentes são todas as criaturas. Siga o caminho com diligência e sabedoria”.Buda, Darma e Sangha - as três Jóias ou osd Três Refúgios - representam ainda hoje o cerne do budismo.

          ***********************************
                Que todas as criaturas fiquem bem.
                 Que todas as criaturas sejam felizes.
        Que todas as criaturas se libertem do sofrimento.


                        As Seis Perfeições
         Quando o coração de um budista está totalmente inspirado por metta, ele é chamado de bodisatva- aquele que protela a própria iluminação para ajudar os outros a atingir o mesmo estado. O bodisatva segue o caminho das Seis Perfeições, um conjunto de qualidades positivas das quais todos podem se beneficiar se as praticarem:

1.  Dana: desejo de ser igualmente generoso com todas as criaturas sem esperar nada em troca.
2.  Sila: desenvolvimento de um comportamento ético.
3. Ksanti: dom da paciência e habilidade de manter-se calmo em situações difíceis.
4. Virya: esforço veemente para promover a força e a diligência necessárias para progredir no caminho de bodisatva.
5. Dhyana: concentração ou meditação para desenvolver a capacidade mental de manter o foco e tornar as ações mais efetivas.
6. Prajna: exercício da sabedoria entendida não apenas como conhecimento intelectual, mas também como percepção da essência da realidade.

                         O porque do budismo hoje

          A vida moderna pode ser altamente estressante - em razão do trabalho, de relacionamentos, de dinheiro ou da soma de diversos problemas. Felizmente, antigos ensinamentos budistas podem ajudar no alívio dessa tensão, ao estimular sentimentos de paz, amor e compaixão em rotinas excessivamente agitadas e guiadas por metas e objetivos materiais.
         Não apenas os adultos que sofrem de estresse e ansiedade. Atualmente, crianças também precisam lidar com uma série de questões desde muito cedo, como competição, expectativas escolares, ameaças e famílias desestruturadas. As palavras de Buda podem incentivá-las a enfrentar positivamente os problemas e ajudá-las a encontrar tranquilidade dentro de si quando precisarem, como refúgio interior.
        Os princípios budistas também ajudam adultos e crianças a evitar a armadilha moderna de sempre "querer mais", como se as coisas em si - brinquedos, roupas, etc. - pudessem garantir a felicidade. Em contrapartida a esse materialismo, os preceitos budistas ensinam que as crianças e adultos só serão indivíduos realmente felizes e plenos quando reconhecerem dentro de si a beleza da própria existência.
       Outro preceito budista particularmente relevante nos dias atuais é a consciência de que cada momento é único e precioso e deve ser aproveitado ao máximo - já que pode desaparecer num piscar de olhos e nunca mais se repetir. Esse ensinamento estimula a criança a viver intensamente e aceitar a impermanência de todas as coisas, o que torna mais tranquila a compreensão das mudanças em sua vida - a troca de escola, a perda de um ente querido, a mudança de casa ou as diferentes fases do crescimento.

         "O vento se acalmou, as flores secaram;
         Os pássaros cantam, as montanhas escurecem.
          Este é o maravilhoso poder do budismo."
                    Ryokan ( 1758-1831 )
                               Oração Budista
          ***********************************

      O que é budismo ?

      Existem , atualmente, cerca de 350 milhões de budistas no mundo, entre eles um grande número de ocidentais. O budismo começou a ganhar popularidade na ìndia no século IV a.C. , e depois se espalhou por países de Extremo Oriente: ao norte, no Nepal, Butão, Tibete, China, Mongólia e Japão, e ao sul, em Mianmar, Tailândia, Vietnã, Laos e Indonésia.
     Diferentes formas de budismo se desenvolveram ao longo dos séculos nesses países, de acordo com a cultura e os costumes locais. Contudo, os ensinamentos básicos são os mesmos, onde quer que seja praticado. Dentre os preceitos mais importantes, estão a crença na não-violência, a compreensão e a tolerância às diferenças, e a compaixão.
    Buda ensinou que é preciso entender a essência da vi9da antes de a pessoa aperfeiçoar a si mesma para uma existência mais feliz. Assim formulou as Quatro Verdades Nobres, ensinamentos que auxiliam o desenvolvimento pessoal e estimulam a busca da iluminação, estado espiritual possível de ser alcançado por qualquer ser humano. São elas:

1. O sofrimento é parte da vida de todos.
2. A causa desse sofrimento é a nossa própria mente, que, eternamente insatisfeita, sempre deseja "mais" e "melhor".
3. O sofrimento pode ser superado pela compreensão do processo que provoca a insatisfação.
4. Um conjunto de práticas chamado Nobre Caminho Óctuplo, ou Oito Caminhos, pode cessar a constante ganância da mente.

Os preceitos do Nobre Caminho Óctuplo são:

1. Desenvolver um conhecimento profundo das Quaro Verdades Nobres e, a partir delas, inspirar-se para seguir os outros ensinamentos do Caminho.
2. Comprometer-se com o aperfeiçoamento pessoal.
3. Falar gentil e sinceramente.
4. Desenvolver a "ação correta", ou seja, ser tolerante e ter compaixão pelos outros.
5. Ganhar a vida sem causar danos a outros seres vivos.
6. Banir pensamentos negativos para vencer a ignorância e os desejos.
7. Estimular pensamentos saudáveis, pois agimos e falamos de acordo com nossos pensamentos.
8. Desenvolver e aprofundar o poder de concentração.


Outro conjunto de princípios, conhecidos como os Cinco Preceitos, incentiva a responsabilidade por nossos atos:

1. Comprometo-me a não matar.
2. Comprometo-me a não roubar.
3. Comprometo-me a não maltratar os outros seres.
4. Comprometo-me a não mentir.
5. Comprometo-me a não cometer excessos.

       Um tema central no budismo é que qualquer ação, palavra ou mesmo pensamento tem uma consequência não só para os outros, mas também para nós mesmos.
       Este é o carma: colhemos o que plantamos. Isso significa que é preciso falar e agir com sabedoria, pois qualquer hostilidade pode se voltar contra nós. Como os budistas creem na reencarnação, ou seja, em que cada criatura tem muitas vidas, o carma pode se manifestar, senão nesta, em vidas futuras. Os budistas têm consciência de que a gentileza e a sabedoria podem torná-los iluminados e fazê-los alcançar o nirvana, estado espiritual de perfeita paz e felicidade.
      Outros preceito fundamental do budismo diz que a prática do amor e da compaixão para si mesmo e para com os outros traz grande felicidade. Buda chamava isso de metta, o amor incondicional e universal.
      Como os budistas colocam tudo isso em prática ? Geralmente a rotina diária deles inclui algum tipo de meditação, com o objetivo de trazer paz e harmonia não só para suas vidas, mas também para os outros seres. Monges e monjas, que raspam o cabelo e possuem vestimentas características, podem passar a maior parte de seus dias meditando, em templos ou em lugares sagrados, onde normalmente há uma ou mais estátuas de Buda. Os budistas reverenciam essas figuras e fazem oferendas a elas, não por um ato de adoração, mas porque a imagem é referência para o próprio potencial desses monges de atingir aquele estado de espírito. Mas também há aqueles, no Oriente e no Ocidente, que veem o budismo simplesmente como uma forma de se colocar perante a vida. E é justamente essa atitude pacífica, compassível, amável, sábia e generosa que este livro incentiva você o desenvolvimento.


"O vento se acalmou, as flores secaram;
Os pássaros cantam, as montanhas escurecem.
Este é o maravilhoso poder do budismo."
               Ryokan ( 1758-1831 )

***************************************************** 

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Os Desiludidos do Amor dos Tempos de Drummond e os Bárbaros Feminicidas dos Tempos Atuais.












            Mulheres sempre despertaram paixões em homens. E paixão é aquele sentimento forte, mais forte até que a própria morte muitas vezes e mais firme no desvario do que qualquer bom senso.  Daí que sempre foi visto como normal que um homem cometesse suicídio por amor à sua amada, mormente por desilusão desse seu sentimento, traição ou coisa assim.
             Agora ainda acontecem esses suicídios só que diferentemente de antes, o apaixonado não está apenas tirando sua própria vida, mas tirando a vida da sua apaixonada e às vezes até dos filhos frutos desse amor, o que é mais lamentável ainda na progressão que a coisa veio tomando.
           O homem aprendeu desde cedo que a mulher é uma posse sua e deve satisfazer, obedecer sua vontade; deve ser submissa e feliz por ter seu homem, seu maridão; isso é até respaldado mesmo até religiosamente: ‘Deus fez a mulher para o homem’, assim se entende.
           A sociedade, notadamente a ocidental, como um todo evoluiu muito, e se transformou radicalmente em relação ao patriarcalismo que dominava as relações familiares, e assim, não só para os homens como para as mulheres também a sociedade se transformou, mas culturalmente muitos homens desde pequeno ainda vem crescendo no aprendizado de que a mulher é sua posse e lhe deve obediência, enquanto a mulher hoje mudou com a sociedade moderna que lhe acena a possibilidade de crescer, de viver e ser livre , de se realizar como pessoa e como profissional; o senso de liberdade da mulher de hoje é patente e garantido em seus direitos civis. E assim hoje há mulheres em altos cargos de poder e ganhando muito mais do que muitos homens.
          Muitos homens que vêm crescendo na perspectiva antiga da mulher dominada e submissa não estão se dando com essa nova mulher que quer usufruir da liberdade civil democrática.  
Daí que o cara que aprendeu uma forma antiga de mulher se acha sacaneado pela mulher com a qual se associou em união quando ela quer sair com aquele modelito que ele acha ‘generoso’ demais; ele se acha sacaneado quando ela o desobedece e não aceita a sua ‘ascendência’, o seu mando, imagina quando ela invoca e dá um grito de liberdade e diz que não quer mais e resolve se mandar, aí o homem antigo fica louco, não aceita. Pior que a mulher não depende mais dele para ficar ali grudada a ele por uma necessidade; “aí só matando”, é o que pensa o desgraçado; “se não vai ser minha, também não será de ninguém” é o senso comum na cabeça do cara; e ele acha que ele é que está certo e a mulher errada, pois do que ele aprendeu sobre a mulher em relação ao homem, ela é que está fugindo do padrão, não o obedecendo. A relação ficou assim complicada em muitos casos. Mulheres modernas devem evitar homens de mentalidade antiga, pois vai acabar dando nesses conflitos fatais.
         O homem já foi mais nobre em relação ao amor por sua amada, mesmo nos casos de decepção, desilusão amorosa, pois nos casos mais extremos de paixão não correspondida ele se matava, mas não matava a mulher, objeto do seu amor, deixava pra ela o legado funesto do remorso ( veja abaixo, no texto de Drummond ), o qual ele assegurava que ela iria carregar sofrível por toda a vida. Mas hoje, porém o desiludido do amor está também matando a sua amada, e também , por vezes, o filho ou filhos da relação. É o que se configura chamar de “Feminicídio”. O homem que não vê mais vontade de viver pois sem sua amada não dá, mas também não está certo de que ela vai sofrer de remorso, e certamente ela vai mesmo é ficar curtindo com outro, enquanto ele vai ficar comendo capim pela raiz,  então o cara acaba a fulminando também e também filho ou filhos.
          A relação assim se tornou muito complicada. O negócio é cada “lé” procurar seu “cré”. Se o cara é das antigas, não procure se envolver com as moderninhas. Se a mina é moderninha não procure se envolver com os ‘mentalidades antigas’, pois o bicho está pegando feio mesmo. Os desiludidos do amor não estão querendo só deixar remorso para suas amadas e nem estão seguros desse remorso mais; não estão seguros de que sua amada, por quem se findou por amor, não sambará sobre sua tumba.
        Veja no poema de Drummond o suicida romântico antigo, o qual está cedendo lugar ao feminicida cruel.
         Cuidado, belas modernas ! Vocês não merecem esses antigos, mas não atraiam para si tais tipos.
Necrológio dos Desiludidos do Amor
Os desiludidos do amor
estão desfechando tiros no peito.
Do meu quarto ouço a fuzilaria.
As amadas torcem-se de gozo.
Oh quanta matéria para os jornais.

Desiludidos mas fotografados,
escreveram cartas explicativas,
tomaram todas as providências
para o remorso das amadas.

Pum pum pum adeus, enjoada.
Eu vou, tu ficas, mas nos veremos
seja no claro céu ou turvo inferno.

Os médicos estão fazendo a autópsia
dos desiludidos que se mataram.
Que grandes corações eles possuíam.
Vísceras imensas, tripas sentimentais
e um estômago cheio de poesia...

Agora vamos para o cemitério
levar os corpos dos desiludidos
encaixotados competentemente
(paixões de primeira e de segunda classe).

Os desiludidos seguem iludidos,
sem coração, sem tripas, sem amor.
Única fortuna, os seus dentes de ouro
não servirão de lastro financeiro
e cobertos de terra perderão o brilho
enquanto as amadas dançarão um samba
bravo, violento, sobre a tumba deles.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Brejo das Almas'

******************************************************
Leia também Vestígios da Luz ! Jesus através da Música Pop !




segunda-feira, 29 de julho de 2019

Tarô. O que é? Como é?













             O Tarô é um jogo de cartas proveniente de uma época muito antiga, que, além de ser valorizado como um testemunho de elevação espiritual, sempre foi amplamente usado como um jogo destinado às adivinhações. O lado espiritual tinha um grande significado para aqueles círculos de pessoas que se reuniam em Escolas de Mistérios, Lojas, Fraternidades e em outros tipos de sociedades secretas para estudar as antigas tradições e símbolos. Nessas cartas, elas viam a estrutura básica dos caminhos místicos de iniciação. O uso “comparativamente profano” das cartas como oráculo para as perguntas do dia-a-dia , no entanto, foi causa do amplo interesse que despertaram, tanto antigamente como nos dias de hoje. Através de ensinamentos, em livros especializados, por exemplo, se pode aprender como consultar as cartas tanto no sentido espiritual como no profano. O profundo significado das cartas como sinalizadoras no caminho da iniciação pode sere deduzido dos métodos de disposição apropriados para as questões relativas à experiência pessoal

Estrutura do jogo de cartas

           O Tarô, com a forma essencial que conhecemos hoje, foi divulgado desde cerca do ano 1600. Ele se compõe de 78 cartas que se dividem em dois grupos:

          22 cartas dos Arcanos maiores ( A palavra Arcano deriva do latim Arcanum, que significa segredo. Estabelecemos assim uma diferença entre os 22 segredos maiores e os 56 segredos menores. )

        Os 56 Arcanos Menores formam um jogo com quatro naipes, como conhecemos através de outros jogos de cartas. Como naipe ou figura, nesse caso, é desenhado o símbolo que representa cada uma dessas quatro séries. Os símbolos do Tarô correspondem aos das cartas modernas de jogo:

Bastões ( correspondentes a Paus no baralho comum )
Espadas (correspondentes a Espadas no baralho comum )
Taças (correspondentes a Copas no baralho comum )
Moedas (correspondentes a Ouros no baralho comum )

        Cada um desses quatro conjuntos se compõe de 14 cartas que se juntam da seguinte maneira: 10 cartas numeradas: Ás (= um ), Dois , Três até Dez, e quatro Cartas da Corte: Rei, Rainha, Cavaleiro e Pajem.

       Na maioria dos jogos de Tarô podemos distinguir facilmente entre as cartas dos Arcanos Maiores e as dos Arcanos Menores: em todas as cartas do Arcanos Maiores vemos um nome e um número; nas cartas dos Arcanos Menores, ao contrário, um nome ou um número.

Origem das Cartas

       Quanto à origem das cartas, não se sabe muito bem. Somente se tem a certeza de que surgiram no século XIV , na Europa, e se espalharam rapidamente. A primeira menção que encontramos a respeito é do monge dominicano Irmão João, que vivia nas proximidades de Basiléia e que , em 1377, citou um jogo de cartas em seu Tractatus de moribus et disciplina humanae conversationis.

        Muitos dos testemunhos primitivos sobre a existência das cartas só foram possíveis graças às contínuas proibições que acompanharam o seu uso ao longo dos séculos. Mas permanece um mistério: seriam as cartas usadas no sentido do tarô atual, como oráculo, ou tratava-se de simples cartas de jogar ? As pesquisas mais recentes partem desta última hipótese. Os pesquisadores acham que há uma boa base para a aceitação do fato de que um jogo com quatro naipes – a base das nossas atuais cartas de jogar, mas também dos Arcanos Menores do Tarô – chegou à Europa, proveniente do mundo islâmico, no século XIV, sendo usado primeiramente como um jogo para passar o tempo.

      Há muitas suposições e especulações sobre a origem das 22 cartas dos Arcanos Maiores do Tarô. Contudo, em última análise, só se tem certeza de que os temas das cartas são antiquíssimos. Os conhecimentos dizem que elas refletem o Caminho da Iniciação ou as estações da jornada do herói, tal como são conhecidos nos mitos e nos contos de fadas. Assim sendo, elas são a expressão das imagens arquetípicas da nossa alma, às quais C. G. Jung deu o nome de “arquétipos”. A questão relativa à idade das cartas perde importância quando nos tornamos conscientes de que as imagens que elas nos mostram remontam aos primórdios da consciência humana.

Os Diferentes Jogos de Cartas

          Enquanto os primitivos jogos demonstram ter um amplo leque de cartas, por volta do final do século XV formou-se o baralho ainda usado em nossos dias, que se compões de 78 cartas. Este logo foi chamado de “Tarô Veneziano” ou, ainda com maior frequência, de Tarô de Marselha. Isso se deve ao fato de que ora se atribuía a sua origem a uma ora a outra dessas cidades.

           No final do século XVIII, o ocultista Etteilla ( que, segundo uma prática ocultista vigente na época escrevia seu nome de trás pra frente, Alliette) criou um novo Tarô, que se disseminou rapidamente. Tal como o seu mestre, Court de Gébelin, ele também achava que as cartas provinham de uma época egípcia bem antiga. Em seu novo Tarô, o Grand Etteilla, ele corrigiu as falhas que, na sua opinião, se haviam infiltrado no jogo ao longo dos séculos. Contudo, seu trabalho foi rejeitado pelo grande ocultista Éliphas Lévi e por outros e, assim, o interesse geral logo se voltou novamente para o Tarô de Marselha.

         Só com a passagem do último século aconteceu um novo impulso. Arthur Edward Waite, americano de nascimento que vivia americano de nascimento que vivia na Inglaterra, membro e segundo dirigente da outrora muito influente Order of the Golden Dawn [ Ordem da Aurora Dourada ], desenvolveu um novo Tarô. As cartas foram desenhadas por outro membro da ordem, a artista Pamela Colman-Smith. Esse jogo ficou onhcio plo nom do editor Rider e do autor Waite, como o Tarô de Rider-Waite. A razão do sucesso dessas novas cartas – que até hoje mantêm uma grande vantagem sobre os jogos de tarô mais procurados – se deve à modificação decisiva e ao enriquecimento das cartas: em todos o outros baralhos de Tarô anteriores, só as 22 cartas dos Arcanos Maiores, as 16 Cartas da Corte e às vezes os quatro Ases eram ilustrados com figuras. As cartas restantes – e estas constituíam cerca da metade – tinham como tema pura simplesmente a repetição do símbolo do seu conjunto e o seu valor numérico. Portanto, o Três de Bastões mostrava exatamente três bastões, e o Nove de Taças apresentava nove taças, e assim por diante. Juntamente com a artista Colman-Smith, Waite conseguiu ilustrar também essas cartas, de tal forma que, desde então, todas as 78 cartas têm figuras que ajudam a determinar o seu significado.
          Nos decênios seguintes, surgiram novos baralhos de Tarô, dentre os quais se tornaram famosas as cartas de Aleister Crowley. Elas foram desenhadas por Lady Frieda Harris e publicadas em 1944 com o nome de O Livro de Thot.  Crowey, portanto, utilizou-se do nome usado 150 anos antes por Etteilla para suas cartas de Tarô, visto ter ele “descoberto” naquela ocasião (1783) que 3.953 anos antes e, portanto, “exatamente” 171 anos depois do Dilúvio, 17 magos haviam criado e gravado um Tarô sobre paquetas de ouro, cumprindo ordens do legendário Hermes Trimegisto ( com frequência identificado com o deus egípcio da sabedoria, Thot ). Infelizmente, Etteilla não divulgou onde havia adquirido esse conhecimento extraordinário.
          No final dos anos 70, iniciou-se o desenvolvimento que não só deu ao Tarô uma divulgação até então nunca alcançada, como também proporcionou a criação de novos jogos. Centenas de diferentes jogos de Tarô estão disponíveis atualmente, e talvez o mais conhecido dentre eles seja o de Salvador Dali. No entanto, Salvador Dali não foi o primeiro artista a se ocupar com o Tarô. Quase 500 anos antes, entre 1494 4 1496, Albrecht Dürer já havia desenhado cartas orientando-se pelo esquema dos maravilhosos Tarôs de Mantegna.
        Muitos dos novos jogos seguem a estrutura e os temas de Arthur Edward Waite e podem ser interpretados do mesmo modo. Outros Tarôs usam sistemas inteiramente novos em sua composição e, com bastante frequência, confundem os interessados, pois não existe livro – isso sem falar no folheto de orientação que deveria acompanhar as cartas – que revele o significado dos seus símbolos. Contudo, sentimo-nos totalmente desamparados quando se trata das excrescências desse desenvolvimento, que inevitavelmente surgiram, como o Tarô do Horror, o Tarô dos Sapatos Fantásticos ou o Tarô do Tabaco.

Que tipo de perguntas se pode fazer às cartas ?

Pode-se fazer qualquer tipo de pergunta às cartas do Tarô. Só há uma coisa que as mesmas não podem fazer: responder às perguntas com um lacônico “sim” ou “não”. Mesmo assim, elas são bastante úteis quando queremos tomar uma decisão, pois revelam as consequências que os nossos atos podem ter, sem tirar a nossa responsabilidade pelos mesmos. Além disso, podemos interroga-las sobre o rumo dos acontecimentos, podemos pedir-lhes sugestões e, quando se trata de uma consulta feita por nós mesmos em jogo de auto-análise, as cartas podem nos dar informações valiosas e mostrar-nos como realmente somos.



Por que as respostas das cartas fazem sentido ?

1.Por certo nunca se poderá explicar inteiramente esse fenômeno. No entanto, existem duas reflexões importantes sobre o tema: Nosso inconsciente se relaciona com o tempo e o espaço de forma diferente do que a nossa consciência. Sendo assim, é capaz de enxergar além dos limites do presente, como cada um de nós já teve ocasião de comprovar em sonhos premonitórios, ou ao intuirmos com antecedência fatos ainda por acontecer. A linguagem da consciência consiste em palavras, ao passo que a do inconsciente se expressa por imagens. Portanto, as cartas do Tarô são o alfabeto para a linguagem da nossa alma, que se manifesta através das imagens. Com elas, podemos expressar o que vai pelo nosso inconsciente, de acordo com a oportunidade da pergunta feita. A única coisa que a nossa consciência tem de fazer é procurar entender a linguagem do inconsciente para que compreendamos o que as cartas querem dizer.

2.O conceito de simultaneidade, de sincronicidade, mencionado por C. G. Jung, serve de fundamento para a segunda reflexão. Estamos acostumados a medir o tempo em termos de quantidade. Todavia, existe também uma qualidade do tempo, e até mesmo expressamos isso verbalmente quando falamos do momento certo do tempo. No entanto, não é o pensamento consciente que nos leva ao momento certo do tempo. Nosso relógio ou voz interior são muito mais confiáveis para fazer isso. Cada momento tem seus sinais característicos que qualidade, em âmbitos totalmente diferentes: macrocósmicos, nas constelações planetárias, e microcósmicos, nos movimentos atômicos em vários níveis. Entre estes atuam métodos dos oráculos, inclusive o Tarô e o O I Ching. No momento em que resolvemos fazer ao oráculo a pergunta que nos interessa, ele sabe dar-nos a resposta correta. Por isso, tanto faz escolher este ou aquele oráculo. Também não importa muito o tipo de cartas de Tarô que escolhemos. Antes de mais nada, é importante que o leitor das cartas entenda e fale a linguagem do oráculo escolhido.



Como aprender a interpretar as cartas ?

            As cartas se expressam através de imagens, e estas, por sua vez, constituem a linguagem da alma. Quem quiser aprender a linguagem das cartas - como o intérprete de sonhos - tem de aprender a linguagem da alma. O desenvolvimento desse aprendizado assemelha-se ao aprendizado de outra língua qualquer: depois de superarmos uma possível inibição inicial, vêm os primeiros sucessos espontâneos. Estes, contudo, só levam a uma maior segurança e desenvoltura na expressão das ideias através de uma prática constante.

         Graças aos valores vigentes na nossa sociedade, nós, os ocidentais, somos ensinados a valorizar o raciocínio analítico e a lógica causal e não estamos acostumados a usar o raciocínio plástico de modo a chegar às conclusões através da analogia. Isso significa que podemos descrever um problema com palavras, e, se ele nos for comunicado da mesma forma, por palavras, também poderemos compreendê-lo. E à medida que descobrimos as fórmulas gerais subjacentes ao mesmo, podemos transformá-lo numa abstração; e, assim, acreditam poder descobrir sua causa e os efeitos que produz. Mas esse é um esforço unilateral feito pela consciência.

        A linguagem do inconsciente é outra. Nossa alma se expressa por imagens, como sabemos através dos nossos sonhos. Não podemos substituir aleatoriamente essas imagens por palavras, pois estas sempre implicam certa deterioração dos fatos. As palavras se desgastam e perdem o sentido original do sonho. Imagens e , sobretudo, símbolos, ao contrário, falam aos homens há séculos sem perder seu sentido.

        Entender intuitivamente a linguagem das imagens (ou dos nossos sonhos) e intuir o seu significado não é tão difícil como parece. No começo, o que parece difícil é tornar esse significado acessível à consciência a ponto de ela entender a afirmação feita através de palavras que sejam claras tanto para o leitor das cartas como para o consulente. Ambos têm de entender o que as imagens querem dizer.       A chave para o significado mais profundo das cartas , no entanto, está nos mitos que os homens vêm narrando há milênios. Entreter-se com os livros antigos de sabedoria, lidar com a tradição oral e plástica dos mesmos nos leva a um encontro mais profundo as imagens da alma e do Tarô.
       Veja em seguida uma pequena amostra do que é essa tradição:
A criação dos mundos e a jornada pelo mar das trevas - A jornada do herói através das 22 cartas dos Arcanos Maiores.

1. A criação dos mundos

As 22 cartas dos Arcanos Maiores nos contam a jornada do herói(solar), em que também se reflete uma parte da história da criação do mundo: as cartas revelam como do caos primitivo(0 = O Bobo ) surgiram dois princípios primordiais polares, o masculino criativo (1 = O Mago ) e o feminino receptivo (2 = A Grande Sacerdotisa ) , que têm de se unir outra vez ( 1+2=3 ) para movimentar a criação (3 = A Imperatriz, carta das forças primitivas da natureza, da fertilidade e do constante nascimento de novo). Foi assim que surgiu o universo organizado, com suas 4 direções, os 4 ventos, os 4 elementos e as 4 estações do ano ( representados pela 4{ carta, o princípio organizador, "O Imperador"). A criação é coroada com o homem ( simbolizado pelo número 5), que reconhece o próprio significado do mundo visível e pesquisa os profundos mistérios ocultos por trás dele ( " O Hierofante= 5ª Carta, sendo o número 5 a quintessência e o significado secreto. O Hierofante é o iniciado superior nos Mistérios de Elêusis. 


Resultado de imagem para a sacerdotisa tarôResultado de imagem para arcanos maiores o louco 0Resultado de imagem para arcanos maiores o mago


Resultado de imagem para a imperatriz tarôResultado de imagem para o imperador tarôResultado de imagem para o hierofante tarô

            Nesse ponto da história da criação, a Bíblia nos diz: “Não é bom o homem ficar só”. Os tebanos nos falam sobre o mais espetacular casamento de todos os tempos : o pai da sua raça, Cadmo, casou-se com a celestial Harmonia, filha do Deus da guerra, Ares, e da deusa da paz, Afrodite. Os Vedas indianos cantam o seu criador, Brahma. Este ficou durante 36.000 anos na montanha sagrada Mandara, tentando convencer a mãe primordial, Maia, a renascer. Tanta concentração e persistência fizeram com que , finalmente, ela se declarasse disposta a voltar como Sati e tornar Shiva, o grande iogue, seu marido: como deusa do êxtase, durante o sonho, ela tirou a paz de Shiva, fazendo com que de asceta ele se tornasse seu marido.

          Em todos esses casos, trata-se da união indissolúvel dos opostos, da irresistível força de atração que que os une e que ocasiona a sua mútua penetração; essa união é simbolizada pelo número 6, que corresponde à estrela de seis pontas, mas também é simbolizada pelo hexagrama ( em grego, hex = seis e gramma = caráter de escrita ) do I Ching chinês , em que se unem, de múltiplas maneiras, as forças Yin e Yang.



Resultado de imagem para os amantes tarot


        É evidente que esse círculo de temas é representado pela 6 ª Carta, Os Amantes. A partir da tradição cristã, sabemos que é nesse ponto que ocorrem as mudanças da vida: um fruto proibido, um presente de casamento que traz uma desgraça posterior ( o colar de Harmonia, proveniente da forja de Hefesto, ou posteriormente, a maçã dourada que provocou a Guerrra de Tróia porque continha a inscrição “À mais bela”, presente de Éris, deusa do Hades, que não fora convidada para a festa de bodas).Tradicionalmente, e não sem razão, esta carta também era chamada “A Decisão”, visto que reflete a estação arquetípica da encruzilhada onde os caminhos se separam e , finalmente, o homem abandona a unidade paradisíaca primordial. É por isso que vemos saindo para o mundo na 7 ª carta. A estrela de oito pontas da sua coroa simboliza sua origem nobre, mas o quadrado sobre o seu peito mostra que ele deve agir na Terra.


2. A jornada do herói

           Em outro nível, as mesmas cartas nos revelam a origem, a educação e o despertar do herói, além da sua busca pelo paraíso perdido. As primeiras dez cartas nos mostram o desenvolvimento da consciência que corresponde ao trajeto diário do Sol no céu diurno. A segunda dezena de cartas, ao contrário, oculta as tarefas mais difíceis que esperam pelo herói na “sua jornada pelo mar de trevas”( Ver também especialmente Gilgamés e Hércules, mas igualmente todos os outros heróis e heroínas que desceram ao inferno , e que são : Orfeu, Ulisses, Enéias, Inana e Psiquê. ), a luta contra essas forças e, se tudo correr bem, o vitorioso nascimento, com um frescor renovado, no lado leste do céu matinal. A jornada pelo mar de trevas é apresentada desde a 12 ª carta até a 19 ª dos Arcanos Maiores.


Imagem relacionadaResultado de imagem para o bobo tarôResultado de imagem para o bobo tarôResultado de imagem para o bobo tarôResultado de imagem para o louco tarô

          O herói é o Bobo. Diferentemente do herói típico, com os músculos estufados, cantado pelos mitos da época patriarcal, o Tarô nos conta a história de tempos ainda mais antigos, em que o herói, pelos padrões atuais, corresponderia antes a um tipo de anti-herói, a uma “negação do tipo”. Na tradição oral, em nossas lendas e contos de fadas, ele continua sendo o anti-herói. Ouvimos sempre a mesma história. Com mil e uma variações, a essência é a seguinte: “Era uma vez um rei que tinha três filhos. Quando pressentiu que a morte se aproximava, pediu ao mesmo que fosse buscar a erva da vida. Assim que ouviram o pedido, os dois irmãos mais velhos imediatamente selaram os cavalos e partiram, um para oeste, outro para o leste, e, como eram grandes, fortes e espertos, o pai contava com a sua ajuda. Eles cavalgaram pelo mundo todo e, quando voltaram, um ano depois, trouxeram consigo todas as ervas que juntaram nos lugares pelos quais passaram. Contudo, a erva da vida não se encontrava entre elas.” Conhecemos essa história, e também sabemos como ela continua; sabemos, inclusive, quem vai buscar a planta. É sempre tudo igual: o mais novo dos irmãos, o caçula, o bobalhão, O Bobo. Todos são unânimes em dizer que nem valeria a pena ele montar o cavalo, porque, indubitavelmente, cairia do mesmo e, na melhor das hipóteses, mesmo que conseguisse seguir viagem, seria tolo demais para concluir com êxito qualquer tarefa. Porém, é exatamente ele que traz a erva. E isso acontece em todos os contos de fada do mundo. A solução das nossas tarefas mais difíceis sempre está onde menos esperamos.

           Uma característica típica do herói é sua dupla paternidade. Acima dos pais terrenos, sempre estão ou um pai ou uma mãe divinos. Sobre esse fato, os contos de fadas mencionam que o herói é educado por pais adotivos. Esses pais em duplicata, nós os encontramos nas primeiras quatro cartas dos Arcanos Maiores. O Mago(I) e a Grande Sacerdotisa (II) simbolizam, como pais celestiais, os princípios primordiais masculino e feminino, o Yang e o Yin, o princípio criativo e o princípio receptivo, o princípio ativo e o passivo. A Imperatriz(III) e o Imperador (representam o par de pais terrenos, os quais simbolizam a concretização da polaridade primordial na Terra ( natureza e civilização, aldeia e cidade, tradição e direito).



Resultado de imagem para o mago tarôResultado de imagem para a grande sacerdotisa  tarôResultado de imagem para a imperatriz  tarô

Resultado de imagem para o imperador  tarôResultado de imagem para o hierofante  tarô

            O Sumo Sacerdote (V) representa a educação do herói. Com o sinal na sua mão direita, ele ensina que, além do visível ( o dedo estirado), existe o invisível ( os dedos dobrados ). Devido aos dois noviços no primeiro plano, esta é a primeira carta dos Arcanos Maiores em que as figuras aparecem com dimensões humanas. Assim sendo, ela representa também a consciência da criança que, pela primeira vez, descobre que é diferente dos adultos que, perto dela, parecem grandes demais.
          Na carta Os Amantes descobrimos – seja como for, somente no tema clássico do Tarô de Marselha – a decisão, especialmente importante para a jornada do herói, de sair da casa dos pais ( a mãe ) e de percorrer o próprio caminho ( com a mulher amada). Por meio da flecha do arco de Cupido, essa decisão se transforma numa decisão tomada com o coração. Sendo assim, a interpretação correta da carta também é: “Uma decisão espontânea e totalmente isenta de coação.”
         A carta seguinte (VII) já mostra a partida do herói, o início da jornada, a busca do Santo Graal, a busca do paraíso perdido. A primeira experiência do herói é descobrir que ele é o Único responsável pelos seus atos, e que só poderá colher o que ele mesmo plantou, pois o mundo que o cerca é seu espelho. Tudo isso é uma expressão da justiça, que na sequência numérica tradicional está no 8 º lugar. Ao encontrar o homem sábio(IX) o herói descobre o seu verdadeiro nome e recebe a fórmula mágica ou os instrumentos de magia, dos quais precisará para cumprir sua grandiosa missão. Ele ainda está diante de uma longa viagem repleta de perigos. Por isso, em hipótese alguma deve revelar a fórmula mágica e, muito menos, se esquecer do seu nome. O seu próximo passo é procurar o oráculo(X), ao qual pergunta: “Qual é a minha tarefa?” A resposta é sempre a mesma: Ele terá de livrar das trevas o bem que é muito difícil de alcançar.
Resultado de imagem para os amantes tarotResultado de imagem para o carro  tarôResultado de imagem para a justiça  tarô

Resultado de imagem para o eremita  tarôResultado de imagem para a roda do destino  tarô

                 Assim chegamos ao final da primeira dezena dos Arcanos Maiores, que começou com a carta masculina do Mago, e passamos à segunda dezena, que – na sequência numérica tradicional – começa pela carta feminina A Força (XI). Ela indica que agora o herói se encontra na parte Yin de sua viagem, ou seja, o lado sombrio, misterioso, em que grandes perigos estão à sua espreita; contudo, depois de correr os riscos, é possível encontrar o tesouro escondido.
              O Enforcado da 12 ª carta representa a luz fraca, doentia, do Sol poente que se aproxima das águas da morte. Esta carta mostra que, para uma mudança de vida, é necessário, ou uma disposição incondicional que nos leva a fazer a viagem até as profundezas, ou cair numa “armadilha”, sofrer um golpe do destino que nos obriga a ter tranquilidade e a retroceder.
Resultado de imagem para a força  tarôResultado de imagem para o enforcado tarôResultado de imagem para a morte tarô
            Os temas da 13 ª até a 18 ª cartas são sombrios (13, 15 e 16), noturnos (17 e 18) ou transcendentais (14), e é esse o motivo de também serem chamadas de cartas noturnas. Na carta A Morte podemos ver o Sol se pondo por trás das torres da cidade sagrada de Jerusalém. O cavaleiro e o Bobo usam a mesma pena vermelha no chapéu, e O Bobo, afinal, é o herói da nossa história. Contudo, correspondendo ao estado de fraqueza do enforcado da carta XII, a pena pende frouxa do chapéu do cavaleiro. Só ao término da jornada pelo mar das trevas, que pode ser vista na incrível carta “O Sol”(XIX), é que podemos vê-la outra vez ereta, cheia de um renovado vigor. Na carta “A Morte” as pessoas parecem movimentar-se para a esquerda, para o oeste, rumo ao país da morte. Mas o cavaleiro, o vento que agita o seu estandarte e a barca dos mortos que percorre o rio permitem que reconheçamos a verdadeira direção, para a direita, rumo ao leste, rumo ao nascimento do Sol.
              A carta menos compreensível dos Arcanos Maiores é a 14 ª, A Temperança. Muitas pessoas se surpreendem com o fato de ela ser numerada entre as cartas noturnas. Aqui ela tem dois significados essenciais: por um lado, mostra o “Psicopompo”, o inevitável condutor de almas, ( Hermes para os gregos; Thot ou Anúbis, no Egito. ) aquele que mostra aos mortos o difícil caminho repleto de perigos através da noite. Consequentemente , a carta mostra o rumo para a luz, para o Sol, no qual, se olharmos com mais atenção, se oculta uma coroa. Por outro lado, os antigos sabiam que, próximo às águas da morte, também fluem as águas da vida, ou melhor, que as águas da vida provém das profundezas do inferno. Assim sendo, esta carta sempre foi relacionada com a cura, sendo uma indicação da existência da água da vida.
Resultado de imagem para a temperança tarôResultado de imagem para o diabo tarôResultado de imagem para a torre tarô
            A 15 ª carta mostra-nos a figura do diabo, o príncipe dos infernos e aqueles que estão sob seu poder. Neste ponto, chegamos ao lugar em que estão os que venderam a alma ao diabo. E é aqui que o herói precisa saldar sua culpa e libertar o tão tangível bem. Nas tradições antigas, a força negativa é chamada de serpente, de rainha das serpentes e de serpente noturna, que tem de ser subjugada pelas forças da luz. Essa luta ( no meio da noite ) acontece na 16 ª carta, A Torre. O raio ( sinal dos deuses superiores, como Zeus ou Donar ) destrói a prisão ( da falsa consciência) e liberta as almas aprisionadas da torre.
Resultado de imagem para a estrela carta tarotResultado de imagem para carta de tarot a lua
          É na 17 ª noite, contada desde a última Lua Cheia, depois de três noites sem Lua ( = 3 dias no Inferno), que aparece outra vez a nova luz, o primeiro crescente da nova Lua. A 17 ª carta, “A Estrela”, representa, simultaneamente, que existe expectativa de novas esperanças e que o herói alcançou as águas da vida, já pronunciadas na 14 ª carta. Contudo, nem todos os perigos foram ultrapassados. A noite ainda não devolveu o herói à luz, mas procura “retê-lo nas trevas”. As tradições conhecem as leis inflexíveis do inferno: quem se virar pra trás está perdido ( Eurídice e a mulher de Lot); quem chegar a comer alguma coisa nesse lugar, nem que seja apenas um carocinho de romã, não pode mais retornar à luz do dia, à luz do mundo superior ( Perséfone). O mesmo vale para aqueles que se instalam confortavelmente no inferno e se acomodam ao lugar. Estes sentam-se sobre as almofadas do esquecimento e não conseguem mais ressuscitar ( Teseu e Peiritos ). Os contos de fadas descrevem uma situação semelhante: o herói se perde na floresta encantada, onde é cercado por todas as fadas, que fazem com que ele esqueça o próprio nome. Em todos esses casos, a missão é um fracasso porque, na verdade, o herói consegue dominar as forças exteriores das trevas, mas é subjugado pelos seus aliados interiores. É por isso que a 18 ª carta nos mostra o desértico e perigoso solo de Asfodélio e, além disso, também aponta o fato de esse ser o caminho para a cidade sagrada de Jerusalém, cujas torres já podiam ser vistas no horizonte da 13ª carta. Agora elas estão ao alcance da visão.
Resultado de imagem para carta de tarot o sol
        A carta O Sol (XIX) representa a luz recém-nascida, demonstrando, consequentemente, o vitorioso percurso da jornada do herói. O Leste ( o Sol ) espelha o Oeste ( a morte ) de uma forma interessante: as cores escuras contrastam com as claras, a bandeira negra da morte contrasta com o pano, na cor vermelha da vida, o esqueleto, com a criança, a pena curvada com a pena em pé; o cavalo branco, no seu duplo sentido, representa o cavalo descorado que, com a morte, transporta o quarto cavaleiro do Apocalipse, em contraste com o cavalo imperial que carrega o menino salvador nascido na noite escura, o Filho, o Ressuscitado sobre quem repousam todas as esperanças da humanidade.
         Naturalmente, essa é apenas uma das maneiras possíveis de se descrever a viagem pelo mar das trevas. Nos motivos mais antigos do Tarô de Marselha não se vê essa correlação entre a carta da Morte e a carta do Sol. Em vez disso , encontramos na 19 ª carta um par de gêmeos, que permitem que o aspecto da reconciliação seja interpretado. Já conhecemos este aspecto dos mitos que também é mostrado pelas cartas noturnas. Trata-se de uma luta entre o herói solar e seu irmão sombrio ( Gilgamés – Enkido, Percival – Feirefis ) e, portanto, de uma briga, de uma solução, por fim, da reconciliação como próprio lado negativo. O fato de o tema da criança aparecer aqui na 19 ª estação e, portanto, quase no final da viagem, é uma importante indicação de que o herói sempre volta a ser uma pessoa simples, depois de todas as lutas de sua vida. É exatamente isso que a Bíblia quer expressar quando diz: “Se não fordes como as crianças ( notem bem: não se não permanecerdes ), não entrareis no reino dos céus. “
Resultado de imagem para carta de tarot o julgamento                                                             Resultado de imagem para carta de tarot o mundo
        A penúltima carta (XX) mostra-nos a verdadeira solução e libertação que , agora que todas as exigências foram atendidas, não apresenta mais nenhuma dificuldade. As três pessoas que ressuscitam, saindo dos túmulos quadrados, aqui significam que o divino ( ao qual corresponde o número 3 ) é libertado da prisão terrena ( que corresponde ao 4 ). Tal como o sapo surge do príncipe, ou da feiosa dama Ragnell nasce a encantadoramente bela princesa, aqui o Si-mesmo divino se liberta de sua prisão terrena. E naturalmente, a última carta (XXI) representa o reencontro com o Paraíso, a coroação do herói como rei e o happy-end que, nos contos de fada, sempre se apresenta desta encantadora maneira: “e, se eles não morrerem, continuam vivos até hoje...”

Teor das Perguntas

            Segundo o teor das perguntas há um sistema específico de dispor as cartas ( "O Círculo Astrológico", "A Cruz de Celta", etc.) e um grau de dificuldade de 1 a 5.
            O teor das perguntas pode ser sobre Causas, motivos subjacentes e tendências; Descrição mais abrangente do presente e visões sobre as tendências do futuro; Estado da relação entre duas pessoas; Experiência pessoal; Consequências de uma decisão tomada; Como determinado assunto se desenvolve e o significado subjacente desse desenvolvimento; Desenvolvimento de um assunto; Conselho ou sugestão; Saída para uma crise; Situação de um relacionamento ou também de um conflito ou concentração interior; Perspectivas ou tendências de uma situação ou perguntas de auto-análise; Determinação do ponto de evolução; Situação de um relacionamento; Descrição de uma pessoa ou experiência pessoal; Possibilidades de alcançar um objetivo; Descrição de uma situação e sua evolução; Exigências e perspectivas de um empreendimento; A próxima "porta" diante da qual nos veremos; Sugestão para o que devemos fazer; Descrição e perspectivas de uma situação; Todas as perguntas


Arcanos maiores

Resultado de imagem para o louco tarô 0 - O Louco ou O Adepto  
Arquétipo:A criança. 
Sentido geral:Espanto, franqueza, reinício.
            Esse Arcano em alguns baralhos está sem numeração, alguns o consideram como número XXII, outros como zero. Ele indica um momento de abandono, no qual se despreza a matéria e se segue, sem destino, a buscar a verdade interna. Ele tem o dom da espiritualidade, da fé, da inteligência e do amor ao semelhante, é todo doação. Quem age assim está sujeito a ser considerado pela maioria efetivamente um louco. Note-se que não parece haver nada que mostre que ele se incomode com as opiniões alheias, pois os únicos valores que não deixou para trás e que ainda carrega feliz são os espirituais. ( Arcano também titulado "O Bobo" ou, ainda, "O Adepto" )

Resultado de imagem para carta de tarot o magoI - O Mago ou o Prestidigitador 
Arquétipo:O criador.
Sentido geral:Força de influenciar os outros, força de vontade, iniciativa, habilidade, força sugestiva, sucesso.
           Ele é o início, a origem das coisas. Representa o espírito, o poder e a matéria. A atividade e a criação estão representadas por esse Arcano. É um sinal de abertura. As qualidades primeiras, antes do bem e do mal, são encarnadas por ele. O Mago manipula os quatro elementos: água, terra, fogo e ar, usando suas habilidades e talentos. Para alguns é a busca do “eu”. 

Imagem relacionadaII- A Papisa ou A Sacerdotisa 
Arquétipo: A virgem.
Sentido geral: Sensibilidade à flor da pele, paciência, compreensão, disposição para ajudar, consideração, mediunidade ( carta de proteção ).
              Ela é a fecundidade, o crescimento. Representa dois mundos: o material e o espiritual. A passividade, a espera com o objetivo de sentir antes de agir são características da Papisa, cujo véu esconde os mistérios do inconsciente. Ela indica um momento dse reflexão com base na sensibilidade. A sabedoria feminina e o conhecimento sensível, ela os retém de forma secreta e sagrada. Tanto no Mago como na Papisa, os princípios masculino e feminino, o Yang e o Yin, ainda não se fundiram.
( Carta também chamada "A Grande Sacerdotisa")



Resultado de imagem para carta de tarot a imperatrizIII- A Imperatriz 
Arquétipo:A mãe

Sentido geral:Crescimento, vivacidade, nascimento do novo, gravidez, pisar em solo fértil, os ritmos e a força da natureza.
              Ela é a soma do líder, Arcano I ( o Mago ou o Prestidigitador), com a sabedoria, Arcano II (a Papisa ou a Sacerdotisa), por isso recebe o número III. Apresenta a mente racional que cria as soluções dentro do mundo material. Como rainha e mãe do Universo, simboliza a união de espírito com a matéria. É uma autoridade dinâmica que age no plano mental. Seu reino é a mente. Representa a prática: as teorias não são com ela. A Imperatriz representa o princípio feminino, o Yin. Sua força é criadora, ela indica a geração de novas energias.



Resultado de imagem para carta de tarot o imperadorIV- O Imperador 
Arquétipo: O Pai

Sentido geral:Estabilidade, ordem, continuidade, inteligência prática, disciplina
             Ele é o poder da matéria, mas está acima dela, pois a mantém controlada. Gosta das situações estáveis e seguras. Seu domínio é o mundo físico, onde se vive de forma real o momento, mantendo os pés no chão. A inteligência é a ferramenta que o ajuda a enxergar além do mundo material. Lutou para alcançar uma posição de poder e governa absoluto no reino do concreto. Seu número, o IV, é por tradição representativo da matéria.



Resultado de imagem para carta de tarot o hierofanteV- O Papa ou O Hierarca 
Arquétipo:O santo
Sentido geral:Percepção intuitiva, confiança, certeza, virtude, bons conselhos (carta de proteção).
             Ele é o conhecimento que se difunde. Espalhando o que sabe, domina o espiritual, tornando-se um revelador do mundo esotérico. Simboliza o pensamento, o saber, a inteligência. O Papa rege o contato com as pessoas, que ele orienta sobre seus deveres e sua moral, ajudando-as na difícil tarefa de manter o equilíbrio entre o interior e o exterior.
( Também conhecida por "O Hierofante")



Resultado de imagem para carta de tarot os amantesVI- O Namorado ou A Escolha 
Arquétipo:O caminho da separação

Sentido geral:Livre-arbítrio, aceitação incondicional, grande amor e felicidade.
            Um momento de divisão emocional, com dois caminhos a trilhar, tornando o moço que está dividido, precisa de apoio para conseguir desempenhar seus deveres sociais e familiares. O número desta carta, o VI, é o número da família, mo que nos ajuda a prever qual será sua escolha. ( Carta também chamada "Os Amantes")
       Retornar ao caminho certo está previsto para o futuro.


Imagem relacionadaVII – O Carro ou O Triunfo 
Arquétipo:A partida do herói.

Sentido geral:Coragem, confiança pessoal, disposição de partir, espírito de aventura, satisfação de correr riscos.
           Esse Arcano indica um poder obtido após o domínio das paixões e dos instintos. Ele está no caminho que escolheu, venceu o desafio, está seguindo a direção certa, plenamente consciente. O progresso é evidente, não há nenhum retrocesso quando se está vivendo o momento que esta carta indica. As tentações ainda podem voltar a aparecer, todavia. Essa carta encerra um dos ciclos do Tarô, dando início a outro.



Resultado de imagem para carta de tarot a justiçaVIII -A Justiça 
Arquétipo:O juiz.

Sentido geral:Equilíbrio, honestidade, força de julgamento, a maior objetividade possível, decisão ajuizada.
             Esse Arcano simboliza um momento de equilíbrio perfeito, o que é quase utópico, o famoso caminho do meio. Apesar disso a Justiça atua num nível prático, pertence ao mundo concreto, definindo as situações por meio de uma ação que pesa, mede, avalia e julga. Resolve antes de agir, pois quer ser sempre correta. Ela está acima da matéria, da razão e da espiritualidade. ( Em alguns baralhos esta carta é de número XI )


Resultado de imagem para carta de tarot o eremitaIX – O Ermitão ou A Solidão 
Arquétipo:O velho homem sábio

Sentido geral:Estar só, introverter-se, desligar-se do mundo, silêncio, autodescoberta, ascese, seriedade.
            Ele é a luz trazida pela evolução do conhecimento, por isso representa também a lentidão. Nada acontece rapidamente sob a influência desse Arcano. Ele recolhe e guarda, e embora não ambicione a riqueza, em assuntos práticos, quer acumular. No momento em que se vive essa carta, deve-se usar de cautela, pois é um período restritivo. O Ermitão prefere isolamento quando se considera incompreendido. ( Carta também chada de "O Eremita" )


Resultado de imagem para carta de tarot a roda do destinoX – A Roda da Fortuna ou O Karma 
Arquétipo:Fortuna

Sentido geral: Tarefas e experiências determinadas pelo destino, mudanças inesperadas, necessidades, fases de sorte, obrigações às quais não se pode fugir, novo ciclo de vida.
             Ela significa movimento; sob sua influência nada permanece como está. O bem não dura para sempre e o mal não impera eternamente. Tudo sobe e desce nessa roda da vida. A esfinge que aparece na carta significa que estão ativas quatro forças da vontade: a sabedoria, a ousadia, a ação e o silêncio. É um novo começo amparado pela consciência que pode discriminar, ou pela sorte que decide quem vai subir e quem vai descer. ( Carta também chamada de "A Roda do Destino")



Resultado de imagem para carta de tarot a forçaXI – A Força ou A Persuasão
Arquétipo:A luta com o dragão.

Sentido geral:Coragem, vitalidade, energia, paixão, "mostrar as garras".
           Esse Arcano significa o domínio moral e emocional, controlando a energia dos instintos sem no entanto anulá-la. Ela é uma força inteligente, plena de virtudes, que age de forma controlada, direcionando objetivamente os elementos da vida. Quando se vive o momento que esta carta indica, tudo está sob seu controle, pois há força para isso. A compreensão e o interesse pelas pessoas é uma irradiação que atrai naturalmente os outros. ( Em alguns baralhos esta carta é de número XI )



Resultado de imagem para carta de tarot o enforcadoXII – O Enforcado ou O Apostolado 
Arquétipo:A vítima, a prisão

Sentido geral:Crise, estar preso, ficar num aperto, ficar doente, fazer penitência, estagnação, modificação dos pensamentos.
          Um momento de bloqueio, em que a pessoa sente-se tolhida, não consegue ver claramente, perceber as coisas na perspectiva correta ( o moço da carta está de cabeça pra baixo). É sempre uma hora de não agir e de sacrificar, talvez, sua vontade. Nesse aspecto este é um Arcano evolutivo, em que se adquire a capacidade de ver tudo de outra forma, em geral bem diferente do que os outros veem. Isso pode tornar o indivíduo uma vítima das incompreensões, mas pode também revelar uma missão.



Resultado de imagem para carta de tarot a morteXIII – A Morte ou A Imortalidade 
Arquétipo:A morte.

Sentido geral:O grande desapego, o fim natural, uma despedida ansiosamente esperada ou temida, perdas.
             Esse Arcano indica o fim da matéria, sua destruição. Ele limpa o espaço para dar lugar ao novo. Transforma o que está enraizado; é um momento de passagem. Indica o reinício sobre bases que são novas. Sempre é uma mudança radical, transformadora. A morte do pequeno ego gera a evolução que permite o contato com o verdadeiro espírito, que é imortal.



Resultado de imagem para carta de tarot a temperançaXIV – A Temperança 
Arquétipo:Harmonia

Sentido geral:Descontração, a medida correta, paz, saúde, cura, gostar dos outros e de si mesmo.
              É o momento de as coisas fluírem, com uma movimentação que concilia e expande tudo. Tudo corre bem, não há empecilhos, a não ser o próprio indivíduo. Deve continuar como está, perseverando no caminho traçado, assim haverá o crescimento que deseja. No trabalho das energias pessoais, a Temperança traz a capacidade de transformar, é a chamada alquimia interna. Essa carta encerra um outro ciclo.



Resultado de imagem para carta de tarot o diaboXV – O Diabo ou A Paixão
Arquétipo:O tentador, o mal, o fardo

Sentido geral:A tentação, a sedução, a dependência, o vício, a intemperança, a possessão; contrariar os próprios desígnios, a traição.
           As pessoas que aparecem nessa carta não estão livres, não veem claramente e não tem liberdade para falar. São capazes de fazer qualquer coisa para obter o que querem, pois estão ligadas apenas à consciência material. Este Arcano indica também sedução, instinto sexual que domina, paixão cega. A magia negra está ligada a essa carta.



Resultado de imagem para carta de tarot a torreXVI – A Torre ou A Fragilidade 
Arquétipo:Tremor de terra, destruição.

Sentido geral:Transformação, catástrofe, abalo, acidentes, esperança fracassada, "explosão de uma bomba", um monte de destroços.
             O destino foi o agente que desestruturou a construção imponente que se vê nessa carta. Ela era julgada estável e sólida, mas ruiu. Um homem que vive o momento representado por ela, viu cair seu mundo material por um ato do destino, nada pôde fazer. Este Arcano sempre indica uma queda, uma ruptura, uma perda brusca, acompanhada de muita dor. É considerada a pior carta do Tarô, mas o indivíduo pode sair ileso se mantiver sua fé viva, pois seu espírito é intocável.



Resultado de imagem para carta do tarot a estrelaXVII – A Estrela 
Arquétipo:Esperança, a água da vida

Sentido geral:Futuro, confiança, desenvolvimento favorável e duradouro, sorte ( carta de proteção).
             Esse Arcano é a reestruturação, pois depois da desestruturação, que a carta anterior indica, segue-se um período de bonança. Essa estrela é a luz que mostra caminhos, traz soluções, recupera o perdido ou apenas dá esperança. O homem aqui é um instrumento de Deus. Sob a influência dessa carta pode-se começar a ver as situações sob uma outra perspectiva. A pessoa sairá de suas dificuldades, pois aparecerá uma solução.


Resultado de imagem para carta do tarot a luaXVIII – A Lua ou A Noite 
Arquétipo:A noite, as forças das trevas.

Sentido geral:Insegurança, medo, confusão, pesadelos, imagens da alma, anseios, sonhos.
            Esse Arcano indica que as coisas estão vagas, confusas, estão sendo encaradas pela aparência, podem ser uma ilusão. Não fala dos sentimentos, pois os retém guardados, dissimulando suas emoções. Tudo o que está oculto ou é muito variável está sob influência dessa carta. Os sonhos e as fantasias fazem a pessoa se perder num mundo irreal, que ela mesma criou. O mundo material precisa ser dominado por meio de um trabalho árduo, pois há um desligamento do plano físico.



Resultado de imagem para carta do tarot o solXIX – O Sol ou A Luz 
Arquétipo:O dia, as forças da luz.
Sentido geral:Vivacidade, aceitação da vida, vitalidade, generosidade, calor humano, frescor, autoconfiança.
           Esse Arcano é a luz, clareia as brumas da carta anterior, trazendo a amizade, o amor e o sucesso. A pessoa sob esta influência já passou pelo processo do conhecimento e alcançou o resplendor. Essa carta indica controle dos impulsos sexuais com mais capacidade para amar verdadeiramente. Sempre é indicação de felicidade, amor, vitória e riqueza.


Resultado de imagem para carta do tarot o julgamentoXX – O Julgamento ou O Despertar 
Arquétipo:A arrecadação do tesouro, a solução, o beijo salvador

Sentido geral:Ressurreição, reanimação, vitória do bem, nascimento suave ou libertação, o verdadeiro.
           Uma revelação que chega de repente, a curtíssimo prazo, é o principal significado desse Arcano. Há um chamado que desperta a consciência. As coisas caem do céu, vêm por intermédio divino ou por intermédio da família, chegando no momento exato. É a promessa de uma vida plena, em que a renovação traz mudanças benéficas.



Resultado de imagem para carta do tarot o mundoXXI – O Mundo ou O Umbral 
Arquétipo:O reencontro do Paraíso, a coroação do herói como rei.

Sentido geral:Alcançar a meta, encontrar seu próprio lugar, atingir o auge, obter a plenitude feliz, harmonia, viagens.
            Esta é uma carta muito feliz. Indica vitória, realização plena em todos os níveis. A matéria, a emoção e a espiritualidade têm seu valor exato. A pessoa que está sob sua influência é ajudada pelo Universo, completou seu processo de autoconhecimento e obteve a consciência plena. O contato com seu Eu Superior, com Deus; harmoniza a alma, a mente e o corpo. É considerada a melhor carta do Tarô, símbolo da perfeição.

Arcanos Menores

         As cartas correspondentes aos Arcanos Menores são como as cartas do baralho comum. Apenas que há nomeações diferentes: ao invés do naipe de "Paus", temos "Bastões" ; ao invés de "Ouros", temos "Moedas" e ao invés de "Copas", temos "Taças". E também, ao invés de termos "Valete", "Dama"  e  "Rei", temos "Pajem", "Cavaleiro", "Rainha" e "Rei".
        Há uma caracterização relativa a essas cartas relacionando-as aos quatro elementos, que correspondem aos quatro símbolos principais dos Arcanos Menores:

Bastões = Fogo => inquietação, impaciência, espírito empreendedor

Espadas = Ar => frieza, inflexibilidade, calculismo e disposição para conflitos

Moedas = Terra => confiabilidade/ curiosidade/ firmeza e robustez

Taças = Água => bondade/ espírito de conciliação, harmonia e ternura

Os Arcanos Menores também têm significados próprios. Aqui conheceremos o sentido geral dado a cada uma delas:

Ás de Bastões – Chance de autodesenvolvimento, oportunidades, coragem, temeridade, provar que se tem espírito de ação e força de vontade.



2 de Bastões – Indiferença, conhecimento oral, neutralidade descolorida, exercer pressão.



3 de Bastões – Firme capacidade de permanência, junto com perspectivas bastante promissoras, confiança, segurança e sucesso.



4 de Bastões – Paz, alegria, harmonia, ser bem-vindo ou dar as boas-vindas aos outros.



5 de Bastões – Desafio, competição, briga em caráter de brincadeira, medição de forças.



6 de Bastões - Vitória, reconhecimento, boas notícias, volta satisfatória.



7 de Bastões - Polêmica, inveja e má vontade dos outros, ter de se justificar



8 de Bastões –Indicação de um acontecimento prestes a ocorrer, indicação de que há !algo no ar”.



9 de Bastões- Endurecimento, atitude de teimosia, sentir-se ameaçado mesmo onde não existe nenhuma ameaça



10 de Bastões-Exigências excessivas, pressão, falta de perspectivas, situação aflitiva, manipulação desajeitada de situações, o desejo de fazer tudo sozinho.




Resultado de imagem para pajem de bastões tarotPajem de Bastões- O Pajem oferece uma oportunidade, de impulso ou sugestão irresistível que o consulente deve aceitar com satisfação.



Resultado de imagem para cavaleiro de bastões tarotCavaleiro de Bastões- O cavaleiro representa uma disposição calorosa e sensual repleta de impaciência e fome de acontecimentos 
Resultado de imagem para rei de bastões tarot
Carta correspondente no baralho comum.

Resultado de imagem para rainha de bastões tarotRainha de Bastões- Uma mulher com o tipo de personalidade fogosa ( do elemento Fogo ), temperamental, voluntariosa, enérgica, idealista , lutadora, capaz de entusiasmar-se, corajosa, empreendedora, autodeterminada.



Resultado de imagem para rei de bastões tarotRei de Bastões- Um homem do tipo fogoso (personalidade do elemento Fogo), voluntarioso, dinâmico, empreendedor, capaz de demonstrar entusiasmo,  temperamental, com capacidade de liderança, autoconsciente.




Ás de Espadas – Oportunidade de esclarecer alguma coisa, de se distanciar, de examinar criticamente uma situação, oportunidade de chegar a um conhecimento valioso ou a uma decisão.



2 de Espadas – Dúvidas persistentes, indecisão, os limites do intelecto.



3 de Espadas – Reconhecimento doloroso, decepção, decisão sagaz, porém difícil, renúncia.



4 de Espadas – Paralisação, pausa obrigatória, doença, isolamento, hiato das atividades.



5 de Espadas- Derrota, humilhação, baixeza, infortúnio, infâmia.



6 de Espadas- Despertar de sentimentos imprecisos, modificação, mudança, viagem.



7 de Espadas- Chicanas e malícia, furtar-se a uma obrigação, trapaça, traição, esquivar-se de alguma coisa.



8 de Espadas- Inibição, proibição, renúncia, limitação, deixar de poder ver alguma coisa essencial.



9 de Espadas- Medo, preocupações, remorsos, noites insones, pesadelos, desespero



10 de Espadas – Fim intencional, ponto final, morte, tabual rasa



Resultado de imagem para pájem de espadas tarôPajem de Espadas – Oportunidade de esclarecer algo, mas probabilidade de um conflito subsequente.



Resultado de imagem para cavaleiro de espadas tarôCavaleiro de Espadas – Disposição séria, fria, gelada; queda de temperatura, agressividade, relacionamento frio com os outros


Resultado de imagem para rainha de espadas tarôRainha de Espadas – Uma mulher com temperamento aéreo ( do elemento Ar), de fria a gelada, inteligente, ladina, independente, esperta, encantadora, com facilidade de expressão, arguta, calculista, distante, pouco acessível. A mulher que, graças à força da sua inteligência, se livrou de todas as dependências.



Resultado de imagem para rei de espadas tarôRei de Espadas – Um homem com personalidade relativa ao elemento Ar. Frio e conciso, orientado pela inteligência, inteligente, divertido, crítico, esperto, neutro, distanciado, instável. O conselheiro objetivo, entendido no assunto em pauta.



Ás de Moedas- Uma oportunidade valiosa ou uma chance de descobrir riquezas quer interiores quer exteriores. Uma oportunidade que promete grande felicidade, mas que precisa ser descoberta.



Dois de Moedas – Flexibilidade, indecisão brincalhona, deixar-se conduzir pela correnteza, despreocupação, confiança instintiva.



3 de Moedas- Progresso, vencer as provas, poder submeter o próprio conhecimento `as prova, entrar num noivo âmbito ( misterioso).



4 de Moedas – Acumulação de víveres, avareza, necessidade excessiva e questionável de segurança, apego, responsabilidade imposta.



5 de Moedas – Crise, privação, fase de sede de alguma coisa, solo quebradiço, pobreza, correr riscos.



6 de Moedas- Generosidade, dar e receber presentes, tolerância, disposição para ajudar, boa situação, sociabilidade.



7 de Moedas – Paciência, crescimento lento porém constante, tempo de amadurecimento.



8 de Moedas – Início, novo aprendizado, alegria por criar algo e confiança, destreza apreciável.



9 de Moedas- Lucros, surpresa agradável, melhora súbita, mudança favorável aos acontecimentos.



10 de Moedas- Riqueza, segurança, estabilidade, sucesso, bases sólidas.



Resultado de imagem para pájem de moedas tarôPajem de Moedas – Uma boa oportunidade que se apresenta, uma proposta séria, um impulso valioso para o consulente



Resultado de imagem para cavaleiro de moedas tarotCavaleiro de Moedas – Disposição firme para trabalhar com afinco e duração, formação sólida e honra dos valores reais.



Resultado de imagem para rainha de moedas tarotRainha de Moedas – Uma mulher com o tipo de personalidade própria do elemento Terra: com os pés firmes no chão, confiável, realista bondosa, esforçada, fecunda, higiênica e sensual.



Resultado de imagem para rei de moedas tarotRei de Moedas- Um homem com tipo de personalidade comum ao elemento Terra; bom negociante, pragmático, confiável, prático sensual, lascivo



Ás de Taças Oportunidade de encontrar a maior das felicidades, de descobrir a mais profunda plenitude, harmonia e realização dos sonhos.



2 de Taças – O encontro carinhoso, receber as boas vindas, ir ao encontro do outro



3 de Taças – Sucesso e gratidão, convalescência, partilhar a própria alegria com os outros.



4 de Taças- Mau humor, ficar ofendido à toa, perder uma oportunidade promissora por puro aborrecimento.



5 de Taças – Desgosto, perdas, abandono, preocupações, esperanças frustradas.



6 de Taças – Olhar para trás, em parte com alegria, em parte com saudade, lembrar-se de velhos quadros, de antigos desejos, planos e perspectivas, nostalgia.



7 de Taças- Visões, sentimentalismo frequente, ilusões, pensamento fixo nos desejos.



8 de Taças – Partida com o coração pesado, partir para o desconhecido, partida graças a uma decisão pessoal.



9 de Taças- Satisfação, alegria de viver, companheirismo, despreocupação, descontrair-se.



10 de Taças – Grande felicidade, profunda harmonia, felicidade familiar, segurança emocional.



Resultado de imagem para tarot Pajem de TaçasPajem de Taças- Um gesto amigo que é oferecido ao consulente, uma boa oportunidade que surge no seu caminho favorecendo-o, dando-lhe sorte.



Resultado de imagem para cavaleiro de taças tarotCavaleiro de Taças- Atmosfera amiga, carinhosa, conciliadora, harmonia e sensualidade.



Resultado de imagem para rainha de taças tarotRainha de Taças- Uma mulher com o tipo de personalidade comum ao elemento Água: sensível, suave, mediúnica, romântica, prestativa, solidária.



Resultado de imagem para rei de taças tarotRei de Taças – Um homem como tipo de personalidade comum ao elemento Água: sentimental, suave, mediúnico, romântico, intuitivo.

                                                                                 Ref. As Chaves do Tarô - Hajo Banzhaf
                                                                                         O Tarô da Saúde - Celina Fioravanti
*********************************************************************************
Leia também Vestígios da Luz ! Jesus através da Música Pop !