quarta-feira, 26 de junho de 2019

A ASTROLOGIA - O ZODÍACO – O DESTINO – SIGNOS EM RELACIONAMENTO


Mergulhando no passado, em busca das origens da Astrologia, descobre-se que ela já existia, na Mesopotâmia, trinta séculos antes da Era Cristã. No sexto século a.C., atingiu a Índia e a China. A Grécia recebeu-a em seu período helênico  e transmitiu-a aos romanos e aos árabes. Caldeus e egípcios   a praticaram; estes últimos, excelentes astrônomos e astrólogos, descobriram que a duração do ano era de 365 dias cada, com mais cinco dias excedentes.
Foram os geniais gregos que aperfeiçoaram a Ciência Astrológica e, dois séculos antes da nossa era, levantavam horóscopos genetlíacos exatamente como os levantamos hoje. Criaram o zodíaco intelectual, com doze signos de trinta dias, ou trinta graus cada, e aos cinco dias restantes deram o nome de epagômenos. Delimitaram aa faixa zodiacal celeste, sendo que os primeiros passos para isso foram dados pelo grande filósofo Anaximandro e por Cleostratus. Outro filósofo, de nome Eudoxos, ocupou-se de um processo chamado catasterismo, identificando as estrelas com os deuses. Platão associou o Sol a um deus composto, Apolo Hélius, e criou um sistema de teologia astral. Hiparcus, um dos maiores gregos de todos os tempos, foi apologista fervoroso do poder dos astros e epicuristas e estoicos que compunham as duas mais poderosas frentes filosóficas que o homem jamais conheceu, dividiam suas opiniões; enquanto os epicuristas rejeitavam a Astrologia, os estóicos a defendiam ardentemente e cultivavam a teoria da simpatia universal, ligando o pequeno mundo, o homem, o microcosmo, ao grande mundo da natureza, o macrocosmo.
Os antigos romanos relutaram em aceitar a ciência dos astros, pois tinham seus próprios deuses e processos divinatórios. Cícero repeliu-a, mas Nigidius Figulus, o homem mais culto de sua época, defendeu-a com ardor. Com o Império  ela triunfou e César Augusto foi um dos seus principais adeptos. Com o domínio do cristianismo perdeu sua característica de conhecimento sagrado, para manter-se apenas como arte divinal, pois os cristãos opunham-se a vontade do Criador ao determinismo das estrelas. Esqueceram-se, talvez, que foi o Criador quem fez essas mesmas estrelas e segundo o Gênese, cap.! Vers.!4, ao cria-las, disse:
“... e que sejam elas para sinais e para tempos determinados... “
Nos tempos de Carlos Magno, a Astrologia se espalhou por toda a Europa. Mais tarde , os invasores árabes reforçaram a cultura europeia e a Ciência Astronômica e Astrológica ao divulgarem duas obras de Ptolomeu, o Almagesto e o Tetrabiblos. Na Idade Média ela se manteve poderosa e nem mesmo o advento da Reforma conseguiu prejudicá-la, sendo que dois brilhantes astrônomos dessa época Ticho Brahe e Kepler eram, também, eminentes astrólogos.
Hoje a Ciência astrológica é mundialmente conhecida e, embora negada por uns, tem o respeito da maioria. Inúmeros tratados, onde competentes intelectuais estabelecem bases racionais e milhares de livros, revistas e almanaques populares são publicados anualmente e exemplares são permutados entre todos os países. Gradualmente ela vem sendo despida de suas características de adivinhação e superstição, para ser considerada em seu justo e elevado valor, pois é um ramo de conhecimento tão respeitável quanto a Psicologia, a Psicanálise, a Psiquiatria ou a Parapsicologia, que estudam e classificam os fenômenos sem testes de laboratório e sem instrumentos de física, empregando, apenas, a análise e observação.
Os cientistas de nossa avançada era astrofísica e espacial já descobriram que, quando há protuberâncias no equador solar ou explodem bolhas gigantescas em nosso astro central, aqui, na Terra, em consequência dessas bolhas e explosões, seres humanos sofrem ataques apopléticos ou são vitimados por embolias; isto acontece porque a Terra é bombardeada por uma violenta tempestade de elétrons e ondas curtas, da , da natureza dos Raios Roentgen, que emanam das crateras deixadas por essas convulsões solares e que causam nos homens, perturbações que podem ser medidas por aparelhos de física e que provocam os espasmos arteriais, aumentando a mortalidade. Usando um microscópio eletrônico, pode-se ver a trajetória vertiginosa dos elétrons, atravessando o tecido nervoso de um ser humano; pode-se também interromper essa trajetória usando campos magnéticos. Raios cósmicos, provindos de desconhecidos pontos do Universo, viajando à velocidade de 300 000 quilômetros  por segundo e tendo um comprimento de onda de um trilionésimo de milímetro, caem como chuva ininterrupta sobre a Terra, varando nossa atmosfera e atravessando paredes de concreto e de aço com a mesma facilidade com que penetram em nossa caixa craniana e atingem nosso cérebro. Observações provaram que a Lua influencia as marés, o fluxo menstrual das mulheres, o nascimento das crianças e animais, a germinação das plantas e provoca reações em determinados tipos de doentes mentais.
É difícil, portanto, admitir esses fatos e , ao mesmo tempo, negar que os astros possam emitir vibrações e criar campos magnéticos que agem sobre as criaturas humanas; é , também, difícil negar que a Astrologia tem meios para proporcionar o conhecimento do temperamento, caráter e consequente comportamento do homem, justamente baseando-se nos fenômenos cósmicos e nos efeitos magnéticos dos planetas e estrelas.
Um cético poderá observar que está pronto a considerar que é possível classificar, com acerto, as criaturas dentro de doze signos astrológicos , mas que acha absurdo prever o destino por meio dos astros. Objetamos, então, que o destino de uma pessoa é resultante de uma série de fatores, sendo que os mais importantes, depois do seu caráter e temperamento, são o seu comportamento e as suas atitudes mentais. Pode-se, por conseguinte,  com conhecimentos profundos da Astrologia, prever muitos acontecimentos com a mesma base científica que tem o psiquiatra que pode adivinhar o que acontecerá a um doente que tem mania de suicídio, se o deixarem a sós, em um momento de depressão, com uma arma carregada.
Muitos charlatães possuem a vaga noção de que é um cavalinho c om tronco de homem e Capricórnio é um signo que tem o desenho engraçado de uma cabra com rabinho de peixe; utilizando esse "profundo" conhecimento, fazem predições em revistas e jornais, com razoável êxito financeiro. Outros "astrólogos” , mais alfabetizados, decoram as induções básicas dos planetas e dos signos e depois saem, entusiasmados, fazendo horóscopos e previsões de acontecimentos que não se realizam; desse modo, colocam a Astrologia em descrédito, da mesma forma que seria ridícula a Astronáutica se muitos ignorantes se metessem a construir espaçonaves em seus quintais. Devem todos, pois, fugir desses mistificadores como fugiriam de alguém que dissesse ser médico sem antes ter feito os estudos necessários. Os horóscopos só devem ser levantados por quem trem conhecimento e capacidade e só devem ser acatadas publicações endossadas por nomes respeitáveis ou por organizações de reconhecido valor, que se imponham por uma tradição de seriedade e rigor.
Astrologia não é um negócio, é uma Ciência; Ciência capaz de indicar as nossas reais possibilidades e acusar as falhas que nos impedem de realizar nossos desejos e objetivar nossa personalidade; capaz de nos ajudar na educação e orientação das crianças, de modo a que sejam aproveitadas, ao máximo, as positivas induções do signo presente no momento natal; que pode apontar quais pontos débeis do nosso corpo, auxiliando-nos a preservar a saúde; que nos mostrará as afinidades e hostilidades existentes entre os doze tipos zodiacais de modo que possamos ter felicidade no lar, prosperidade nos negócios, alegria com os amigos e relações harmônicas com todos os nossos semelhantes. As estrelas, enfim, nos desvendarão seus mistérios e nos ensinarão a solucionar os transcendentes problemas do homem e do seu destino, dando-nos s chave de ouro que abrirá as portas para uma vida feliz e harmônica, onde conheceremos mais vitórias do que derrotas. 


O ZODÍACO
O zodíaco é uma zona circular cuja eclíptica ocupa o centro. É o caminho que o Sol parece percorrer em um ano e nela estão colocadas as constelações chamadas zodiacais que correspondem, astrologicamente, aos doze signos. O ano solar ( astronômico ) e intelectual ( astrológico ) tem início a 21 de março, quando o Sol atinge, aparentemente, zero grau de Áries, no equinócio vernal, que corresponde, em nossa latitude, à entrada do outono. Atualmente, em virtude da precessão dos equinócios, os signos não correspondem à posição das constelações, somente havendo perfeita concordância entre uns e outros a cada 25 800   anos, o que não altera, em nada, a influência cósmica dos grupos estelares em relação ao zodíaco astrológico.

Em Astrologia, o círculo zodiacal tem 360 graus e está dividido em doze casas iguais, de 30 graus cada. Não há, historicamente, certeza de sua origem. Nos monumentos antigos da Índia e do Egito foram encontrados vários zodíacos, sendo os mais célebres o de Denderah e os dos templos de Esné e Palmira. Provavelmente a Babilônia foi seu berço e tudo indica que as figuras que o compunham, primitivamente, foram elaboradas com os desenhos das estrelas que compõem as constelações, associados  a certos traços que formam o substratum dos alfabetos assírio-babilônicos.  
Cosmicamente, o zodíaco representa o homem arquetípico contendo: o binário masculino-feminino, constituído pela polaridade positivo-negativa dos signos; o ternário rítmico da dinâmica universal, ou seja, os ritmos impulsivo, estável e mutável; o quaternário que representa os dois aspectos da matéria, cinético e estático, que traduzem por calor e frio – umidade e secura. Este quaternário é encontrado nas forças fundamentais – radiante, expansiva, fluente e coesiva – e em seus quatro estados de materialização elementar: fogo, ar, água e terra.
Na Cabala vemos que Kjokmah, o segundo dos três principais Sephirot, cujo nome divino é Jeová, tem como símbolo a linha e seu Chakra mundano, ou representação material, é Mazloth, o Zodíaco. Também a Cabala nos ensina que Kether, o primeiro e supremo Sephirahm cujo Chakra mundano é “Primeiro Movimento”, tem , entre outros, o seguinte título, segundo o texto yetzirático: Ponto Primordial. Segundo a definição euclidiana, o ponto tem posição, mas não o possui dimensão; estendendo-se, porém, ele produz a linha. Kether, portanto, é o Ponto Primordial o princípio de todas as coisas, a fonte de energia normalmente chamado de “O Grande Estimulador do Universo” e misticamente considerado como Adam Kadmon, o primeiro homem.
Pode-se então, reconhecer a profunda e transcedete importância da astrologia quando vemo no Zodíaco o Adam Kadmon, o homem arquetípico, que se alimenta espiritualmente através do cordão umbilical que o une ao logos e que está harmonicamente adaptado ao equilíbrio universal pelas leis de Polaridade e Ritmo expressa nos doze signos.

O DESTINO
Antes mesmo do seu nascimento, o homem já começa a se integrar no concerto cósmico universal. Seus primeiros sete meses, três na condição embrionária  quatro na condição fetal, são as sete etapas formativas, no fim das quais está apto para nascer e sobreviver. Os dois últimos meses são dispensáveis, mas a Natureza, mãe amorosa e cautelosa, os exige e só os dispensa em casos extremos, pois a criatura que vai nascer necessita fortalecer-se e prepara-se para a grande luta que se iniciará no momento em que ela aspirar o primeiro hausto de ar vivificante.
Durante os nove meses de permanência no útero materno, de nove a dez signos evoluem  no zodíaco solar. De modo indireto suas induções são registradas pelo sensível receptor que é o indivíduo que repousa, submerso, na água cálida que replena a placenta. É por essa razão que observamos, em tantas pessoas, detalhes de comportamento que não correspondem às determinações do seu signo natal; isto indica que elas possuem uma mente plástica e sensível e eu estão aptas para se dedicar a múltiplas atividades.
Ao nascer, a criatura recebe a marca das estrelas eu dominarão o seu céu astrológico e que determinarão seu caráter, seu temperamento e seu tipo físico, além de dar-lhe um roteiro básico de vida. As vibrações percebidas durante a permanência no útero, por uma sutil química cósmica, são filtradas e quase totalmente adaptadas às irradiações das estrelas dominantes. As influências familiares e a posição social ou financeira dos progenitores nunca modificarão o indivíduo; apenas poderão facilitar ou restringir os meios que ele terá para objetivar sua personalidade e realizar, de modo positivo ou negativo, as induções do seu signo natal.
Portanto, de acordo com o seu período de nascimento, provenha de família de rígidos princípios ou d moral relaxada, venha à luz numa suntuosa maternidade ou no canto de uma casa humilde, seja criado com carinho ou seja desprezado pelos seus será sempre característico do signo regente daquele período do nascimento e terá o destino que tal signo promete a seus filhos. Este destino será brilhante ou apagado, benéfico ou maléfico, de acordo com  qualidade e o grau de evolução de cada um.

SIGNOS EM RELACIONAMENTO
Nenhum ser humano vive protegido por uma campânula de vidro, livre do contato direto com seus semelhantes. No lar, na convivência com amigos ou no trato dos negócios estamos constantemente agindo em paralelo com inúmeras pessoas; algumas nos agradam porque têm um temperamento igual ao nosso ou porque suas predileções são idênticas; outras não nos são simpáticas porque representam o oposto do que somos ou do que desejaríamos ser. Devemos aprender a conhecer nossos irmãos zodiacais e a apreciar suas qualidades. Observando-os podemos, então, saber se aquilo que neles existe e que nos parece ruim, é melhor do que o que existe em não. Assim, o que seria motivo para antagonismos passa a atuar como fator de complementação e aperfeiçoamento.
Dentro da imensidão de estrelas que povoam a galáxia chamada Via Láctea, nosso Sol é um modesto astro de quinta grandeza, que se desloca vertiginosamente rumo a um ponto ignorado do Universo, carregando consigo seus pequeninos planetas com os respectivos satélites; dentro, porém, do conceito igualitário do Criador, esse diminuto Sol e a insignificante Terra, com seus ainda mais insignificantes habitantes, têm uma importância tão grande quanto o incomensurável conjunto de nebulosas e seus bilhões de estrelas.
Somos átomos de pó, comparados com as galáxias e as estrelas, mas cada um de nós é um indivíduo que vive e luta. Para nós, nossos próprios desejos, predileções, antipatias e simpatias têm uma magnitude infinita. Temos de enfenar problemas dos quais dependem nossa felicidade e sucesso. Para resolvê-los precisamos, quase sempre, entrar em contato com muitas outras pessoas que pertencem a signos diferentes do nosso.
Amor, amizade e negócios são os três ângulos que nos obrigam à convivência com outros tipos astrológicos. Assim na astrologia se pode através de análise estudar os signos em relação aos demais, conhecendo as qualidades positivas ou negativas dos nativos, assim se poderá o regido por determinado signo encontrar a melhor fórmula para uma vivência feliz, harmônica e produtiva.   

Por Bel-Adar

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